Por mais que amemos alguém, não poderemos querer lhe controlar todos os passos – nem sobre os nossos temos total controle. Amar requer desprendimento e laço, jamais nó.
A gente até tenta alertar, ensinar,mostrar as escolhas que poderiam ser mais prazerosas, porém, as pessoas são únicas e possuem, cada uma, um ritmo peculiar nas batidas de seus corações. As pessoas mantêm um mundo dentro de si, um universo que precisa se expandir,muitas vezes no caminho inverso do nosso. E a gente sofre, porque dói ver um filho, um amigo, um parceiro escolher pelo que trará dor e sofrimento, enquanto falamos com as paredes.
Por mais que amemos alguém, portanto,não poderemos querer lhe controlar todos os passos – nem sobre os nossos temos total controle. Amar requer desprendimento e laço, jamais nó. Enquanto houver liberdade e respeito no relacionamento, mais ele se solidifica, porque então a integridade de cada um estará preservada, havendo duas verdades se completando,sem choque, sem necessidade de anular-se, diminuir-se, calar-se.
Logicamente, não poderemos cruzar os braços e apenas observar nossos filhos, amigos, quem amamos, tomando decisões equivocadas, sem tentar alertar, principalmente quando estiverem trilhando caminhos indignos, antiéticos. É nosso dever compartilhar conhecimentos e experiências que possam servir como lições, porém, muitas das escolhas alheias não nos incluirão, porque em nada se relacionarão conosco. Respeitá-las será preciso nesses momentos.
Controlarmos a nós mesmos, portanto,sempre será o melhor que poderemos fazer, pois tentar controlar o que está fora de nós quase nunca será possível. Cabe-nos amar as pessoas do jeitinho que elas são, naquilo que não ferem a nossa dignidade, para que possamos estar ao lado delas, principalmente quando estiverem sob as tempestades que elas próprias criaram. É assim que os laços se perpetuam.