Na véspera de Natal, as famílias aguardam ansiosamente a primeira estrela no céu noturno, evocando a estrela de Belém que sinalizou o nascimento do Salvador. Assim que a estrela é vista, começa a refeição da véspera de Natal.
A mesa é tradicionalmente coberta com palha e uma toalha branca. Em alguns lares, é posto sobre a mesa um único prato, no qual repousam os oplatki (plural de oplatek ) como símbolo de Jesus Cristo na manjedoura .
Silar | Wikimedia Commons CC BY SA 3.0
O pai , ou o membro mais velho da família, começa a cerimônia tomando o oplatek , partindo o primeiro pedaço dele e dando-o para a esposa . Ao fazê-lo, ele pode compartilhar breves palavras de agradecimento , votos de boa saúde ou pedido de perdão .
A escritora Sophie Hodorowicz Knab testemunha como era esse momento na sua casa:
“Meu pai costumava dizer: ‘Eu não sou o melhor, mas vou me esforçar mais’… Minha mãe sempre dizia: ‘Você trabalha muito e sou grata por isso’… A partilha daquele pão ázimo com outra pessoa é um compartilhar tudo o que é bom… É uma hora para dizer ao outro: ‘Eu amo você, me preocupo com você’. E isso é feito num espaço aberto, onde todos pode ver a cena”. Depois dessa partilha inicial, o oplatek é compartilhado com cada membro da família de maneira semelhante, começando pelos mais velhos até os mais novos. É uma cerimônia comovente, que pode ajudar inclusive a curar mágoas do ano que está terminando.
FotoKatolik | Flickr CC BY SA 2.0
Após a partilha do pão, é servida uma pequena refeição em que se continua ansiosamente a esperar a Santa Missa da Meia-Noite , à qual muitas famílias polonesas continuam comparecendo na Noite de Natal.
A tradição do oplatek tem sobrevivido à prova do tempo e ainda é celebrada em muitas partes do mundo – e não apenas por famílias de ancestralidade eslava.
É, de fato, uma bela tradição a ser “copiada”, pois ela mantém o verdadeiro “espírito do Natal” e une a família para celebrar o Nascimento de Jesus Cristo .