Além das razões científicas e éticas, os profissionais denunciam que a aprovação apressada da lei pró-aborto trouxe riscos para as gestantesDesde 1º de janeiro deste ano, as irlandesas podem abortar livremente até a 12ª semana de gestação, independentemente de justificativa, com base na lei pró-aborto aprovada no ano passado a partir da derogação da Oitava Emenda constitucional, que garantia o respeito à vida humana desde a concepção.
O jornal irlandês Southern Star noticia, no entanto, que menos de 5% dos médicos do país se dispôs até agora a praticar abortos: 95% deles são contrários à nova lei não apenas por convicções científicas e éticas sobre o estatuto do nascituro como ser humano de pleno direito, mas também porque os hospitais sequer tiveram tempo de se adequar à nova legislação por causa da extraordinária pressa com que ela foi promulgada.
No tocante à tão alardeada “segurança para as gestantes”, argumento tergiversado à exaustão pelos ideólogos do aborto livre, os médicos irlandeses denunciam, por exemplo, a falta de máquinas de ultrassom, de diretrizes clínicas e de pessoal treinado para executar (literalmente) o assim chamado “procedimento”.
Outra questão relevante é a da objeção de consciência: embora ela seja considerada na lei como um direito dos médicos, não há garantias trabalhistas que protejam objetivamente os profissionais que se negarem a praticar abortos com base nesse direito.
Existem também severas críticas ao fato de que a nova lei autoriza meninas de 15 anos ou até menos a abortarem não apenas sem necessidade de consentimento dos pais, mas sem sequer o conhecimento deles.
Além disso, a legislação abortista obriga os contribuintes irlandeses a financiarem os abortos, que são oferecidos pelo sistema público de saúde, e força os hospitais a praticá-lo, inclusive os católicos.
Ativistas pró-aborto preferiram atribuir a baixa adesão dos médicos ao que chamaram de “medo de represálias” por parte dos movimentos pró-vida.
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Com informações de LifeNews.com