O santo que aconselhou muitos casais usou 3 metáforas para tratar do amor conjugalO casamento, diz São Francisco de Sales, é uma alegria disponível tanto para os ricos como para os pobres e uma das maneiras mais seguras de encontrar a felicidade.
Francisco era o bispo de Genebra no início do século XVII e, como bispo, nunca foi casado, mas ao longo dos anos, ao participar da vida de seus paroquianos, conheceu os desafios e as necessidades das pessoas casadas. Então, sua sabedoria sobre como manter um casamento forte é profundamente perspicaz.
Em seu livro Introdução à Vida Devota, Francisco dedica um capítulo inteiro ao aconselhamento de pessoas casadas. Enquanto lia, fiquei impressionado com suas metáforas. Ele escreve sobre como uma esposa é como uma pérola preciosa e como um casal está unido como carne e osso. Ele aconselha que marido e mulher estejam juntos, e assim eles ganham como equipe ou perdem como equipe. Quando os cônjuges se esquecem de si mesmos e vivem um para o outro, ambos se tornam mais felizes, e cada sacrifício amoroso se torna uma fonte de satisfação.
Eu estou casado há quase 18 anos. O maior desafio de todos esses anos tem sido não dar nada por garantido. Francisco enfatiza que os cônjuges devem valorizar um ao outro, mas eu tenho que me perguntar quando foi a última vez que realmente olhei para minha esposa, realmente a vi, e considerei o quão abençoado sou.
Aqui está ela do meu lado, meu maior tesouro, sentada no sofá amamentando o bebê, a criança agarrada ao braço e nossa filha mais velha bordando em silêncio ao lado dela. Minha esposa é uma criatura mágica que está cuidando de seis crianças e, ainda assim, de alguma forma, ainda encontra uma maneira de me fazer chocolate quente quando chegamos tarde com as crianças. Talvez essa seja a primeira lição que Francisco ensina sobre casamento – simplesmente reservar um tempo para se ver como se fosse a primeira vez, e apreciar todas as pequenas maneiras que crescemos juntos ao longo dos anos.
Um simples olhar é suficiente para revelar que sentimentos genéricos de amor não são suficientes para um casamento forte. O amor no casamento é sacrificial e é específico. Esta é a pessoa a quem eu dou meu coração. Esta é a mulher que eu amo mesmo quando eu não estou com vontade, mesmo quando estamos chateados um com o outro, mesmo quando estamos enterrados no trabalho e nos deveres como pais.
Francisco usa três metáforas ao aconselhar os casais sobre o amor conjugal e seus efeitos…
Cole seus corações juntos
Francisco ressalta que, na carpintaria, duas tábuas que estão devidamente coladas juntas nunca se partem, e a própria tábua se romperá antes de se romper a colagem. Ele compara isso com a forma como uma pessoa é “colada” ao seu cônjuge, e se desintegra em sua própria alma e corpo antes de se separar de seu cônjuge. O vínculo entre marido e mulher pode ser a coisa mais forte do universo e sobrevive até à própria morte. Francisco tem o cuidado de salientar que esse vínculo é físico, mas também se estende a nossos pensamentos e afetos. Um cônjuge vem primeiro, e nenhum outro relacionamento, amizade ou obrigação de trabalho deve ter precedência.
Carimbe seus corações com uma imagem um do outro
Francisco fala sobre um costume incomum em casamentos: “Nos tempos antigos”, escreve ele, “as alianças costumavam ser gravadas”. O anel de casamento representa um selo que é colocado no coração. É uma imagem de que os corações dos cônjuges pertencem um ao outro. Quando uma carta é selada, uma gota de cera quente é pressionada com um selador até que a cera assuma a imagem gravada no selo. Isso é o que acontece com nossos corações no casamento, eles mudam de forma. Há apenas uma chave que destrava meu coração, e somente minha esposa a possui. Em sua forma mais simples, o selo representa a fidelidade e como dois corações agora batem um pelo outro.
Torne seus corações maiores
Francisco diz que as crianças entram no amor da família e a expandem. O amor aumenta nossos corações e, na expansão de uma família, há também uma expansão do amor entre marido e mulher. É claro que nem todo mundo é capaz de ter filhos, mas o princípio em si não se limita à descendência biológica. Adoção é um belo ato de amor que expande os corações de um casal. Sobrinhas e sobrinhos são uma coisa linda – até mesmo as crianças que moram na casa ao lado podem oferecer a um casal a chance de honrar a infância. Recentemente eu estava em um funeral de um homem que não tinha filhos, mas cada parente lá disse que ele era como um segundo pai para eles.
Seja qual for a situação em que os casais estão, eles podem encontrar uma maneira de tornar seus corações maiores, amando aqueles que os cercam. No final, esse presente para os outros fortalece o casamento.
O casamento é para ser doce, diz Francisco, e só se torna amargo se não cuidarmos dele. Então respire, pare, olhe um para o outro com novos olhos, renove o afeto e o amor sacrificial que você primeiro prometeu no dia do seu casamento, e diga para si mesmo, este é o meu amado, esta é a minha amada, o coração do meu próprio coração.