Francisco faz "um convite a viver com austeridade e transparência, na responsabilidade concreta pelos outros e pelo mundo"
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O Papa Francisco proferiu o primeiro discurso oficial de sua viagem ao Panamá nesta quinta-feira, no Palácio Bolívar, entre autoridades políticas e religiosas, representantes da sociedade civil e corpo diplomático.
Segundo o Papa, a Jornada Mundial da Juventude está sendo realizada num “ponto estratégico” para o mundo, “ponte entre os oceanos e terra natural de encontros”, descreveu o Papa.
Junto com “a capacidade de criar vínculos e alianças”, também é necessária a participação ativa do povo com “empenho e trabalho diário”, “contra qualquer tipo de tutela que pretenda limitar a liberdade e subjugue ou transcure a dignidade dos cidadãos, especialmente dos mais pobres.”
“Ser terra de convocação requer celebrar, reconhecer e escutar o que é específico de cada um destes povos e de todos os homens e mulheres que compõem a fisionomia panamense e saber tecer um futuro aberto à esperança, porque só se é capaz de defender o bem comum acima dos interesses de poucos ou ao serviço de poucos, quando existe a firme decisão de partilhar com justiça os próprios bens.”
O Papa convidou “todos aqueles que detêm um papel de liderança na vida pública” para dar o exemplo aos milhares de jovens, através da cultura de maior transparência entre os governos, setor privado e população.
“É um convite a viver com austeridade e transparência, na responsabilidade concreta pelos outros e pelo mundo; uma conduta que demonstre que o serviço público é sinônimo de honestidade e justiça contrapondo-se a qualquer forma de corrupção.”
Francisco reforçou a imagem do Panamá para o mundo nestes dias de Jornada Mundial da Juventude, como “um novo modo de construir a história”: será uma “confluência de esperança”, de milhares de jovens dos cinco continentes e cheios de sonhos que desafiam “visões míopes de curto alcance que, seduzidas pela resignação, a ganância ou prisioneiras do paradigma tecnocrático”, creem que o único caminho possível é o da competitividade, especulação e lei do mais forte.
“Sabemos que é possível outro mundo; e os jovens convidam-nos a envolver-nos na sua construção, para que os sonhos não permaneçam algo de efêmero ou etêreo, para que deem impulso a um pacto social no qual todos possam ter a oportunidade de sonhar um amanhã: o direito ao futuro também é um direito humano.”
(Com Vatican News)