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Como educar com sabedoria um filho único: 7 considerações e 6 atitudes a tomar

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Reportagem local - publicado em 29/01/19

O filho único (ou nascido muito tempo depois do irmão) cresce numa situação psicológica particular: os pais devem estar conscientes dessas peculiaridades

Um filho único (ou nascido muito tempo depois do irmão) tem características especiais e cresce numa situação psicológica particular, que é necessário que os pais compreendam com clareza.

O site Hacer Familia publicou um interessante artigo da psicóloga e orientadora familiar Lucía Herrero, do qual extraímos 7 considerações importantes e 6 atitudes a ser encorajadas nos pais de filhos únicos:

7 aspectos a considerar

1 – Por um lado, a educação do filho único tende a ser simplificada e enriquecida pela relação mais “exclusiva” com os pais, o que faz com que a criança, frequentemente, amadureça e avance intelectualmente mais do que uma pessoa que tem muitos irmãos. Por ouvir com mais frequência adultos do que outras crianças, o filho único tende a aprender mais precocemente a construir frases, a raciocinar com mais rapidez e a desenvolver um vocabulário abundante.

2 – Por outro, ele é privado da riqueza de conviver com irmãos, na qual vêm “embutidas” experiências importantes como a de lidar com sentimentos de inveja e rivalidade, bem como a de compartilhar, pensar no próximo e conviver com as diferenças de personalidade.

3 – Além disso, o filho único pode ter uma excessiva tendência à imaginação transbordante, já que a menor convivência com outras crianças o leva a construir um mundo imaginário no qual ele não se vê sozinho.

4 – Pela mesma razão, ele pode enfrentar dificuldades para se adaptar a brincadeiras coletivas, integrar-se ao mundo dos colegas da própria idade e superar o complexo de Édipo.

5 – Em contrapartida, ele costuma tornar seus pais mais unidos como casal, já que o cuidado de um filho único é geralmente uma preocupação compartilhada mais intensamente entre esposa e marido.

6 – Essa mesma relação de maior proximidade, que é muito positiva, envolve também o risco, no entanto, de maior insegurança para a criança, já que ela provavelmente será mais observada e vigiada – e perceberá isso.

7 – Em paralelo, o filho único não demora a se dar conta da própria posição privilegiada: com uma vida mais cheia de cuidados, mimos e até caprichos, o risco que ele corre é o de se sentir o centro das atenções de toda a família, tornando-se uma pessoa difícil de satisfazer.

6 atitudes a tomar

Nesse panorama de prós e contras, os pais de um filho único precisam trabalhar com ele algumas questões específicas, visando equilibrar as vantagens e desvantagens de não ter irmãos:

1 – Compensem a excessiva convivência da criança com adultos possibilitando que ela se relacione frequentemente com outras criançasda mesma idade.

2 – Coloquem-no na escola desde pequeno, porque a vida de relação social com outras crianças é a melhor “terapia” para um filho único. É importante, por exemplo, que ele aprenda a compartilhar os seus brinquedos com amigos, frequente a casa de outras crianças e também as convide para a dele.

3 – Tomem cuidado com a bajulação e os mimos: em especial, os avós e tios costumam exagerar nos elogios e na satisfação dos caprichos da criança, mas os próprios pais não estão imunes a essa tendência, que reduz a autoconfiança da criança. Um cuidado especial a ser tomado, neste ponto, é o de não fazer tarefas que a própria criança pode fazer sozinha.

4 – Muito ligada à postura superprotetora está ainda a atitude da codependência entre pais e filhos. Deve haver grande confiança mútua, não grande dependência mútua. A criança que é dependente demais dos pais terá dificuldades para formar uma personalidade definida e para assimilar critérios próprios na hora de tomar decisões. Por isso, os pais devem evitar que a sua opinião seja preponderante nas tomadas de decisão do filho: isso só o leva a ficar sempre em dúvida entre o que ele próprio quer e o que os pais prefeririam.

5 – Mas cuidado: o outro extremopor parte dos pais também é muito frequente e prejudicial! Com a boa intenção de formar um filho independente e seguro, muitos pais acabam caindo no erro de ser rígidos demais ou, em todo caso, de ser um tanto frios no trato com a criança. As mostras de afetividade, carinho e presença amorosa são fundamentais para que a criança cresça confiante e sadia: o que se deve evitar não é o afeto, mas o sentimentalismo e a superproteção. Afeto e convivência amorosa são imprescindíveis, em harmonia com o respeito pela autonomia e pelo amadurecimento confiante e saudável do filho.

6 – Por essa mesma razão, evitem se intrometer nas brigas bobas e normais que vão acontecer na convivência do seu filho com outras crianças da idade dele, sejam colegas, amigos ou parentes próximos. Deixem o seu filho aprender a resolver sozinho os seus pequenos problemas do cotidiano e só intervenham quando julgarem que é realmente necessário.

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Adaptado a partir de matéria do site Hacer Familia

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