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6 tipos de relação mãe-filho que podem causar muito dano

MOTHER

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Zuzanna Górska-Kanabus - publicado em 24/03/19

Apesar das boas intenções, as relações familiares pouco sadias às vezes podem ter efeitos na vida adulta

A relação com a mãe pode ser difícil. No início, quando somos crianças, as mães são todo o nosso mundo. Mais tarde, a criança precisa de uma distância maior para poder explorar o mundo. Nem todas as mães entendem isso, ou sabem como soltar e afrouxar os laços.

Infelizmente, isso pode causar danos e problemas em um momento em que o vínculo com a mãe – uma das pessoas mais importantes na vida – deve estar cheio de compreensão mútua e compromisso.

A importância da boa relação

Se você enfrenta dificuldades em sua relação com sua mãe ou com outras pessoas em sua vida adulta, o livro The Mom Factor de Henry Cloud e John Townsend pode ser útil. Os autores afirmam que seu desenvolvimento depende significativamente da atitude de sua mãe em relação a você e de sua resposta ao processo maternal. Isso acontece porque você aprende sobre a relação com os demais através de seus pais.

O tipo de relação que você tem com sua mãe molda em grande parte suas relações atuais. Por exemplo, se sua mãe era excessivamente preocupada com você, em sua vida adulta, você pode ter dificuldades em aceitar a ternura dos outros. Ou, se sua mãe era excessivamente controladora, você poderia ser muito sensível nesse ponto, e interpretar até perguntas simples como uma tentativa de controlá-lo.

Os autores identificam 6 tipos de relações mãe-filho pouco sadias. São estas:

A mãe fantasma

A mãe fantasma – ou a mãe distante e ausente. É a mãe emocionalmente inacessível. Caracteriza-se por um autocontrole constante, o que torna impossível estabelecer um vínculo com ela. Ela experimenta mudanças de humor frequentes, o que pode levar o filho a ter medo de confiar nela. Está tão concentrada nos problemas de sua própria vida que se distancia do filho. Como resultado, seu filho não tem modos de aprofundar o vínculo com sua mãe; em consequência, quando é adulto, pode se tornar emocionalmente incapaz de desenvolver relações íntimas com os demais.

A mãe boneca chinesa

A mãe boneca chinesa não sabe como lidar com situações desagradáveis ou estressantes. Ela não sabe lidar com seus problemas e se sente sobrecarregada com o que o filho traz para sua vida. Como resultado, a criança não aprende a lidar com as emoções; isso faz que, quando adulto, possa se tornar impotente perante os sentimentos de tédio, tristeza e medo.

A mãe controladora

A mãe controladora acredita que ela sabe o que é o melhor, e sua atitude torna difícil ou inclusive impossível que seu filho cresça como pessoa. Essas mães criam uma sensação de culpa em seus filhos quando adultos, quanto eles tentam se tornar independentes e tentam sair do controle de seus pais. Alguns dos comportamentos que elas utilizam incluem demonstrar indiferença, usar a chantagem emocional ou demonstrar raiva e hostilidade. Querem que tudo seja do seu jeito.

A mãe troféu

A mãe troféu precisa de audiência e admiração. Quer ser o centro de todas as atenções, e muitas vezes usa seu filho ou filha nesse sentido, fazendo todo o possível para que pareça perfeito e atenda suas expectativas; ela quer que seu filho “seja o seu orgulho” em todas as circunstâncias, para ser um “troféu” a ser exibido. Os filhos desse tipo de mãe, quando adultos, têm que ser os melhores e satisfazer as necessidades dos demais. Tentam fazer os outros felizes e fazem qualquer coisa para evitar que as pessoas desanimem. Têm medo de cometer erros e de se mostrarem sinceros. São infelizes devido ao seu perfeccionismo e constantemente estão se comparando com os outros.

A mãe chefe

O princípio orientador da mãe chefe é: “não importa quantos anos você tenha, eu sempre serei sua mãe, e você sempre será o meu bebê”. Ela não sabe como permitir que o filho cresça e se torne independente. Quando chegam a adultos, os filhos têm relações difíceis com os demais, porque nunca aprenderam a se relacionar com os outros como iguais e de forma colaborativa. Em consequência, ficam no papel de crianças, sentem-se inferiores e incapazes de tomar decisões maduras, ou assumem a atitude de um chefe, tentando liderar e controlar os demais. Ambos estilos podem funcionar alternadamente na mesma pessoa.

A mãe American Express

A mãe american express é o tipo que não deixa que seus filhos cresçam e se afastem, literal ou psicologicamente. Ela impõe metaforicamente o antigo slogan da American Express, “não saia de casa sem ela”. Ela tenta manter a relação mãe-filho para sempre. Seus filhos, quando chegam a adultos, por um lado, idealizam sua mãe e, por outro, lutam por independência. Também transferem essa luta para outras relações, o que significa que não sabem como construir relações com base no interesse e confiança mútuos.

Nem todas as mães se encaixam perfeitamente nessas categorias; é possível que sua mãe – ou você, como mãe – seja imperfeita, mas fundamentalmente uma boa mãe.

Por outro lado, ainda que uma ou mais categorias apliquem-se a você como filho(a) ou como mãe, temos de recordar que generalizações são úteis, mas ainda assim são generalizações. Podem ser úteis para nos dar informações sobre fatores que podem ter afetado nosso desenvolvimento e nossas relações atuais, mas não devemos cair no perigo de exagerar ou julgar precipitadamente.

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EducaçãoFamíliaFilhosMaternidade
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