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Os católicos adoram a Virgem Maria?

WOJOWNICY MARYI W ŁODZI

fot. Archidiecezja Łódzka

Philip Kosloski - publicado em 26/03/19

Os católicos acreditam firmemente que a adoração só se deve a Deus

À primeira vista, os católicos parecem ser adoradores da Virgem Maria, especialmente quando se ajoelham diante de suas imagens e pedem sua intercessão. Para um estranho, os católicos estão desobedecendo o primeiro dos 10 mandamentos: “Não terás outros deuses diante de mim”.

Mas isso é verdade? Os católicos adoram Maria?

De acordo com o Catecismo da Igreja Católica, esta devoção muito especial [à Virgem Maria] difere essencialmente da adoração que é dada ao Verbo encarnado e igualmente ao Pai e ao Espírito Santo (CIC 971).

Os católicos acreditam que adoração se deve somente a Deus. Quando os católicos rezam para um santo específico, assim como para a Virgem Maria, eles pedem ao santo para interceder por eles em seu nome diante do trono de Deus no Céu. A oração não é um tipo de “sacrifício” dirigido ao santo, mas um simples pedido feito entre duas criaturas.

Como São Luis de Montfort escreveu: “com toda a Igreja, eu reconheço que Maria, sendo uma mera criatura moldada pelas mãos de Deus, é, comparada à infinita majestade de Deus, menos do que um átomo, ou simplesmente é nada, visto que só Ele pode dizer: “Eu sou aquele que é”. A principal diferença é que uma criatura (nós) permanece na terra, enquanto a outra criatura (Maria) está viva, de corpo e alma, na presença de Deus no Céu.

O que torna essa comunicação possível é uma misteriosa “comunhão dos santos”, que nos permite conversar com aqueles que não mais caminham sobre a terra. É um grande mistério da fé católica, que requer fé para se crer.

Além disso, o fascinante é que, embora Deus possa fazer todas as coisas sem a ajuda de seres mortais, ele escolheu a Virgem Maria como instrumento de sua graça divina. Ele a escolheu para ser a “Mãe de Deus”, tendo o Filho de Deus em seu ventre.

Na cruz, Jesus entregou à sua mãe todos nós, quando disse: “Eis a tua mãe” (João 19, 27). Os católicos amam a Virgem Maria não como uma “deusa”, em um estranho panteão de deuses, mas como uma “mãe” espiritual que pode nos conduzir a seu filho, Jesus Cristo.

São Luis de Montfort ilustra a analogia perfeita que pode nos ajudar a entender a veneração da Virgem Maria pelos católicos.

É como se um camponês pobre, desejoso de conquistar a amizade e o favor do rei, fosse à rainha e lhe desse uma maçã – sua única posse – para oferecê-la ao rei. A rainha, aceitando a humilde dádiva do camponês, coloca-a em um lindo prato de ouro e a apresenta ao rei em nome do camponês. A maçã em si não seria um presente digno de um rei, mas apresentada pela rainha pessoalmente em um prato de ouro, torna-se apta para o rei.

Maria apresenta nossas boas obras a Jesus. Ela não guarda nada que oferecemos para si mesma, como se ela fosse nosso último fim, mas infalivelmente dá tudo a Jesus. Então, pelo simples fato de darmos alguma coisa a ela, estamos dando a Jesus.

Muitos santos atestaram o fato de que quanto mais uma pessoa se aproxima de Maria, mais se aproxima de Jesus Cristo. Nosso amor por Maria, por consequência, aumenta nosso amor a Deus.

Como São João Paulo II escreveu: A história da piedade cristã ensina que Maria é o caminho que leva a Cristo e que a devoção filial a ela nada tira da intimidade com Jesus; na verdade, aumenta e eleva aos níveis mais altos de perfeição.

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