Ele, que foi um dos três pastorinhos que testemunharam as aparições de Nossa Senhora de Fátima, morreu aos 10 anos de idade oferecendo a sua dor a Deus
O pequeno grande São Francisco Marto foi, junto com sua irmã Santa Jacinta e sua prima Lúcia, um dos três pastorinhos portugueses que testemunharam em Fátima as aparições do anjo, em 1916, e de Nossa Senhora, em 1917.
Neste 4 de abril, completam-se 101 anos da sua partida para o Abraço Eterno do Pai.
Uma vida curta, mas de intensa espiritualidade
Quando ficou doente, Francisco sofreu muito fisicamente, mas as testemunhas contam que ele aceitou a dor com serenidade, com fé e com a certeza de encontrar, no céu, “a Senhora vestida de azul”. Conforme as lembranças registradas pela prima, que depois entrou na vida religiosa e se tornou a Irmã Lúcia, o pequeno comentava:
“Sofro para consolar Nosso Senhor, e, depois de um tempo, ir para o céu”.
Francisco nasceu em Aljustrel, Fátima, no dia 11 de junho de 1908. No dia 20 do mesmo mês foi batizado.
Em seu diário, a Irmã Lúcia conta sobre ele:
“Francisco era silencioso; e para orar e oferecer seus sacrifícios a Deus, gostava de ocultar-se, inclusive de Jacinta e de mim. ‘Gosto de orar a sós para pensar e consolar Nosso Senhor que está tão triste’. Francisco suportou muitos sacrifícios, feitos também de longos jejuns”.
Na sua causa de beatificação e canonização foi sempre destacada entre as suas virtudes a profunda vida contemplativa, particularmente impactante no caso de uma criança.
Os testemunhos de quem o conheceu relatam que a sua oração favorita era aquela ensinada pelo anjo no dia em que lhe apareceu:
“Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão por aqueles que não creem, não adoram, não esperam e não vos amam”.