Ele partiu para a eternidade há mais de 600 anos, porém a essência do seu conselho continua perfeitamente válida
Nascido em 1350 em Valência, na Espanha, São Vicente Ferrer entrou na Ordem dos Pregadores (dominicanos) e se destacou no ensino de teologia e filosofia, promovendo com grande esmero a unidade da Igreja diante da dilaceração provocada pelo Cisma do Ocidente.
Como ele visitava muitos lugares para pregar e com isto impulsionava muitas conversões, costumava dar às esposas que discutiam muito com os maridos um pequeno frasco de água benta, juntamente com o seguinte conselho:
“Minha senhora, quando seu esposo chegar do trabalho, encha a boca de água e permaneça assim o maior número de minutos que puder”.
A ideia era prática: já que era muito frequente que muitos maridos chegassem nervosos, de cabeça quente, cansados e sem a menor sensibilidade para escutar, a proposta da “água de Frei Vicente”, naquele contexto cultural, era fomentar a atitude de não provocar a explosão. Haveria momentos mais oportunos para conversar, desabafar, propor mudanças de comportamento. Afinal, o que produz conflito não é o que se ouve da pessoa que está tensa, mas como se responde a ela no momento de tensão.
São Vicente Ferrer partiu desta vida em 1419, no dia 5 de abril, data em que é celebrada a sua festa litúrgica. Foi canonizado em 1455 pelo Papa Calisto III.
“Se desejas ser útil à alma do próximo, começa por recorrer a Deus de todo o coração, pedindo-Lhe, com simplicidade, que Se digne infundir em ti a caridade” (São Vicente Ferrer, 1350-1419).
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Com informações da ACI Digital