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RD Congo: Missão da ONU prolongada por causa da violência

CONGO PROTEST

© AP Photo - John Bompengo

Fundação AIS - publicado em 05/04/19

No domínio dos direitos humanos, os bispos pedem “respeito pelas liberdades fundamentais, incluindo a liberdade de expressão e o protesto pacífico”

As Nações Unidas decidiram prolongar, por proposta da França, a sua presença na República Democrática do Congo até ao dia 20 de Dezembro por causa das questões de segurança que continuam a ameaçar a vida das populações.

Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Ledrian, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, que tomou esta decisão por unanimidade no final da semana passada, considera “indispensável” a presença da Monusco – a missão da ONU na RDC – para se enfrentar “os défices de segurança locais, especialmente por causa dos grupos armados presentes no leste do país”.

Citado pela agência de notícias France Press, Ledrian afirmou ainda que o objectivo das forças das Nações Unidas prende-se com a “protecção efectiva, dinâmica e integrada de civis”, bem como para “neutralizar grupos armados através da brigada de intervenção”.

A situação na República Democrática do Congo é de facto muito complexa, não só por causa da violência em diversas regiões do país como por causa do surto de ébola que continua a reclamar vítimas.

Ainda na passada terça-feira, dia 26 de Março, as Nações Unidas calculavam que cerca de 13 milhões de pessoas precisem de ajuda humanitária urgente na República Democrática do Congo.

A protecção das pessoas vítimas de grupos armados que espalham o terror é também uma das principais preocupações da Igreja Católica neste país africano.

Recentemente, a Comissão Permanente da Conferência Episcopal da República Democrática do Congo publicou uma mensagem intitulada “a verdade vos libertará”, em que se defendem algumas medidas que têm de ser tomadas com urgência pelo poder político.

Entre essas medidas, os prelados pedem “a conclusão do ciclo eleitoral com verdade e transparência”, a defesa das pessoas e das suas propriedades, assim como das fronteiras e a pacificação das áreas até agora palco de ataques e de violência contra as populações, em resultado da presença e actuação de grupos armados.

No domínio dos direitos humanos, os bispos pedem “respeito pelas liberdades fundamentais, incluindo a liberdade de expressão e o protesto pacífico”. Por fim, na área económica é necessário, defendem os prelados, o “combate à corrupção, a melhoria das condições de vida da população e o bem-estar efectivo de todos através do aproveitamento dos benefícios da exploração dos recursos naturais”.

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