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Papa: a posição mais perigosa da vida é a do orgulho

POPE AUDIENCE

Antoine Mekary | ALETEIA | I.Media

Vatican News - publicado em 10/04/19

A atitude de quem se coloca diante de Deus pensando que as suas contas com Ele estão em ordem

O Papa Francisco falou sobre o orgulho e o perdão em sua catequese desta quarta-feira. Cerca de 15 mil pessoas escutaram o pontífice dar prosseguimento ao ciclo de catequeses sobre o Pai-Nosso, na Praça de São Pedro.

Depois de pedir ‘o pão nosso de cada dia’, o Pai;Nosso entra no campo das nossas relações com os outros: «Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido».

O Papa afirmou que a posição mais perigosa da vida é a do orgulho: a atitude de quem se coloca diante de Deus pensando que as suas contas com Ele estão em ordem.

O Papa citou o fariseu narrado na parábola de Lucas que, no templo, pensava que estava rezando, quando na verdade estava apenas louvando-se a si mesmo diante de Deus. Por sua vez, o publicano – um pecador desprezado por todos – não se sente digno sequer de entrar no templo, fica ao fundo e confia-se à misericórdia de Deus. Então Jesus comenta: “Este, o publicano, voltou para casa justificado (isto é, perdoado, salvo); e o outro, não”.

Há pecados que se veem e outros que passam despercebidos aos olhos dos demais e, por vezes, nem nós próprios nos damos conta. O pior destes é a soberba, o orgulho: o pecado que rompe a fraternidade, levando-nos a presumir que somos melhores do que os outros, que nos faz crer que somos iguais a Deus.

Diante de Deus, disse o Papa, somos todos pecadores; e não faltam motivos para batermos no peito, como aquele publicano no templo.

Somos devedores porque recebemos tanto nesta vida: a existência, um pai e uma mãe, a amizade, as maravilhas da Criação… Embora aconteça com todos de ter dias difíceis, temos sempre que lembrar que a vida é uma graça, é o milagre que Deus tirou do nada.

E ainda: somos devedores também porque nenhum de nós brilha de luz própria, ninguém é capaz de amar com suas próprias forças. Se amamos, é porque alguém nos sorriu quando éramos pequenos e nos ensinou a responder com o sorriso. Alguém perto de nós nos despertou ao amor. É o mysterium lunae: amamos, antes de tudo, porque fomos amados; perdoamos porque fomos perdoados. E se uma pessoa não foi iluminada pela luz do sol, fica gélida como o terreno no inverno.

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