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4 sinais de que você pode estar espiritualmente morto

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Duccio di Bouninsegna/Wikipedia

Robert McTeigue, SJ - publicado em 17/04/19

Assim como há indicações de que o corpo morreu, também há sobre a morte espiritual

Ele está vivo ou está morto?

Essa é uma questão importante, não é? Como verificar se alguém está vivo ou morto? Existem sinais bem estabelecidos. Você pode verificar a respiração, verificar se há pulso, ouvir o batimento cardíaco. Até agora, estamos falando de vida física ou morte. E quanto à vida espiritual ou morte?

Mais especificamente: se você estivesse espiritualmente morto, como saberia?

Podemos considerar quatro sinais de que alguém está espiritualmente morto. Eles geralmente são encontrados juntos e não isoladamente.

Primeiro sinal:

Não há esforço. O que quero dizer com isso? Há uma resignação apática ao status quo e nenhuma aspiração por um futuro melhor. Em outras palavras: “Minhas falhas são permanentes; é assim que eu sou. Virtudes são impossíveis para mim; eu não sou esse tipo de pessoa”. Ausência de esforço tem uma semelhança familiar com o pecado mortal da preguiça (acédia), não é?

Segundo sinal:

Sem compaixão. O que quero dizer com isso? Um coração frio como pedra na presença do pecado e do sofrimento. Na presença do pecado, não há indignação pelos direitos e dignidade de Deus; não há pesar pela perda de uma alma humana. Na presença do sofrimento, não há empatia pelos aflitos, muito menos ação em favor daqueles que sofrem. Há simplesmente uma falta de movimento do corpo, mente e coração.

Considere a observação forte de Santo Agostinho: ​​“a esperança tem duas lindas filhas: seus nomes são raiva e coragem. Raiva de que as coisas estejam do jeito que estão. Coragem para colocá-las no caminho que deveriam estar”. Podemos concluir que a ausência de compaixão indica ausência de esperança.

Terceiro sinal:

Sem aprendizado. O que quero dizer com isso? Uma recusa a ser ensinado sobre a santidade de Deus e sobre o nosso pecado. Quando estamos apaixonados, freqüentemente perguntamos à pessoa amada: “Diga-me mais”. Que pessoa sensata não diria “diga-me mais”, quando Jesus diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”? (João 14, 6) Nenhum aprendizado indica falta de humildade, isto é, falta de disponibilidade para ouvir a verdade sobre Deus e a verdade sobre nós mesmos.

Quarto sinal:

Sem arrependimento. Quase todos os párocos confirmarão isto: as filas para receber a Santa Comunhão são muito maiores do que as filas da Confissão. O que uma pessoa razoável pode inferir disso? Certamente não que o pecado tenha sido derrotado em nossa vida! Sem arrependimento refere-se a qualquer um que peca sem hesitação, sem se arrepender e sem ter vergonha. É pouco provável que uma cultura que valoriza a auto-estima mais do que a contrição produza muitos grandes santos. Como uma alma, uma cultura sem arrependimento não terá bons frutos ou futuro.

Tendo escrito essas palavras, sei que existe a tentação de pensar em como esses quatro sinais de morte espiritual podem se aplicar aos outros. Podemos ser tentados a fazer uma lista de quais sinais se aplicam a qualquer pessoa que conheçamos.

Vamos resistir a essa tentação! Em vez disso, vamos olhar para essa lista novamente, e refletir sobre a questão dos apóstolos na Última Ceia: “Sou eu, Senhor?” (Mateus 26, 22)

Se isso se aplicar a você, é hora de examinar sua consciência, planejar uma reforma da vida e confessar-se o mais rápido possível. (Sugestão útil: a menos que você tenha sido concebido de modo imaculado, você tem caído em um ou mais desses casos uma vez ou outra!)

Vamos pedir a Nosso Senhor em oração que nos revele onde essas ervas daninhas se enraizaram no jardim de nossas almas. Vamos pedir ajuda divina para arrancar essas ervas daninhas e substituí-las pelas virtudes contrárias.

Vamos compartilhar com um confidente de confiança (um diretor espiritual, o cônjuge ou alguma outra pessoa espiritualmente madura) nossos planos confirmados em oração para consertar nossas vidas. Vamos compartilhar com eles metas identificáveis ​​e mensuráveis, para que, na caridade, eles possam nos ajudar a nos responsabilizarmos pela reforma que todos nós devemos empreender.

Considere isto: se nos recusarmos a admitir que a morte espiritual nos ronda, se teimosamente nos recusarmos a admitir que precisamos nos confessar, arrepender e reformar nossa vida, então estaremos dando as costas para as graças da Quaresma e às bênçãos da Páscoa. Seríamos semelhantes a Lázaro recusando-se a sair da tumba, porque dá trabalho fazer isso. Deus nos livre de tal escândalo!

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