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A Igreja quer que pensemos na nossa morte – e isto é algo muito bom!

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Reportagem local - publicado em 24/04/19
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Papa Francisco: “Pensar na morte não é uma fantasia ruim, é uma realidade” – não devemos ter medoNa homilia de 17 de novembro de 2017, o Papa Francisco nos lembrou que a Igreja quer que cada um de nós pense na sua própria morte – e isso é muito bom.

Ele observou que nos acostumamos ao fluxo de horários, compromissos, trabalho, momentos de descanso e acabamos nos esquecendo de que um dia Jesus nos chamará e nos dirá: “Vem!

Para alguns, o chamado será repentino; para outros, virá depois de uma longa doença: não sabemos. Mesmo assim, repete o Papa, o fato é que “o chamado virá!”.

Mas, depois dele, virá a vida eterna! É por isso que o Papa ressalta:

“A Igreja nestes dias nos diz: ‘Pare um pouco, pare e pense na morte (…) Pare, pare, nem todos os dias serão assim. Não se acostume, como se esta fosse a eternidade. Vai chegar um dia em que você será levado e o outro ficará’. É ir embora com nosso Senhor, pensar que a nossa vida terrena terá fim. Isto faz bem”.

Ele recomenda, ao início de cada dia de trabalho, pensar:

“Hoje talvez seja o último dia, não sei; mas farei bem o meu trabalho”.

E acrescenta:

“Pensar na morte não é uma fantasia ruim, é uma realidade. Se ela é feia ou não é feia depende de mim, de como eu penso, mas que ela chegará, chegará. E será o encontro com nosso Senhor: esta será a beleza da morte; será o encontro com o Senhor, será Ele que vem ao seu encontro, será Ele dizendo: ‘Vem, vem, abençoado do meu Pai, vem comigo'”.

Francisco também relatou uma conversa que tinha tido havia pouco tempo com um sacerdote:

“Dias atrás encontrei um sacerdote, 65 anos mais ou menos, e ele tinha algo que não estava bem, ele não se sentia bem. Ele foi ao médico, que lhe disse: ‘Olhe – isso depois da visita – o senhor tem isso, e isso é uma coisa ruim, mas talvez tenhamos tempo para deter isso. Nós vamos fazer tal coisa; se não parar, faremos essa outra coisa e, se também não parar, começaremos a caminhar e eu vou acompanhar você até o fim’. Muito bom aquele médico”.

É o que também nós devemos fazer, disse o Papa: seguir pela estrada, acompanhados; fazendo tudo o que estiver ao nosso alcance com empenho e serenidade, mas sempre olhando lá para frente, para o dia em que nosso Senhor virá nos buscar para irmos com Ele.

Não é para ter medo: é para ter confiança, serenidade e consciência de que esta vida é passageira, mas é ao vivê-la dia a dia com o nosso melhor que chegaremos até a eternidade.