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Como ser um bom vizinho

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Dmytro Zinkevych - Shutterstock

Calah Alexander - publicado em 29/04/19

Boas cercas - tanto literais quanto metafóricas - realmente fazem bons vizinhos

Quando nos mudamos de Las Vegas para Naples, na Flórida, eu não fazia ideia de como ser uma boa vizinha. Sempre tínhamos vivido em apartamento e, embora conhecêssemos outras pessoas em nosso prédio, não éramos próximos.

Mas nós tivemos de aprender rapidamente a ser bons vizinhos, estando em uma localidade nova. Aqui estão quatro pontos para dominar a arte da boa vizinhança.

Não crie expectativas irrealistas

Só porque alguém mora na casa ao lado, não significa que ele estará perfeitamente disposto a lhe emprestar uma xícara de açúcar… especialmente se você costuma ficar sem ingredientes em horas difíceis. Aprendi muito rapidamente que a gentileza e a generosidade de vizinhos não devem ser presumidas.

O que não quer dizer que meus vizinhos serão rudes ou não estejam dispostos a emprestar ingredientes – é só que o calor inicial desaparece rapidamente. Felizmente, eu não sou completamente incompetente em termos de sociabilidade, e rapidamente corrigi e parei de pedir ingredientes emprestados no último minuto. Eu também devolvi os que eu tinha emprestado (x10), o que ajudou a restaurar gradualmente o calor inicial e a amizade que meus vizinhos me estenderam.

Seja gentil

Na verdade, havia muitas pessoas em nossa vizinhança que tinham a mesma mentalidade de troca de ingredientes que eu, e uma vez que descobri quem era quem, ficou mais simples. Meu erro não foi necessariamente pedir ingredientes emprestados – foi que eu não fui cortês o suficiente para construir cuidadosamente uma base de amizade e compreensão mútua primeiro.

Cortesia é a regra de ouro. E seja cuidadosa ao pensar na forma como você constrói relacionamentos com seus vizinhos e pense cuidadosamente antes de presumir sua generosidade.

Planejar para receber crianças

Esta foi uma lição mais sutil que levou vários meses para aprender. Passar de uma grave escassez de amigas para um bairro repleto de mães que ficam em casa era um choque cultural, e eu não fazia ideia de como essa cultura funcionava. Eu percebi que havia freqüente troca de filhos, com uma mãe olhando algumas crianças e depois a outra mãe dando uma volta.

Isso acontece entre mães com amizades estabelecidas, cuja dinâmica familiar funciona bem em conjunto. Mas a maioria das mães dali tinha muitos filhos, e seus horários estavam cheios até o limite. Brincadeiras inesperadas nem sempre são uma surpresa bem-vinda. Às vezes, apenas um filho (não importa o quão maravilhoso e bem-comportado) pode jogar fora a dinâmica de toda a família, destruindo o dia da sua família. Convidar outras crianças foi algo que aprendi a planejar cuidadosamente. E, em troca, sempre houve reciprocidade e apreciação.

Esteja ciente dos limites e aja com honestidade

Algumas semanas depois de nos mudarmos, fiz minha primeira consulta pré-natal para o meu quarto bebê e não havia creche disponível para minhas crianças. Perguntei a minha vizinha se ela poderia olhar minhas crianças certo dia – o que teria sido um investimento significativo de tempo, já que o obstetra mais próximo ficava a uma hora de distância. Ela educadamente, mas firmemente, recusou, explicando que não poderia sacrificar seu tempo pois tinha sua própria família para cuidar.

Eu fiquei surpresa no começo. Mas, com o passar dos anos, aprendi a apreciar aquele ato simples e educado de definição de fronteiras e o que significava: um ato de bondade. Ela estava me deixando saber onde estavam seus limites, o que na verdade era uma coisa generosa porque me ajudava a aprender a não ultrapassá-los. Eu admirei o modo como ela lidou com a situação tanto que mais tarde eu usei quase exatamente suas mesmas palavras quando me encontrei em uma situação semelhante, e fiquei aliviada ao saber que teve o mesmo efeito positivo.

Robert Frost sabia do que estava falando quando escreveu que “boas cercas fazem bons vizinhos”. Todas essas dicas essencialmente resumem-se a aprender a respeitar os limites dos outros e estabelecer os seus próprios, o que é absolutamente vital para estabelecer relacionamentos pacíficos e harmoniosos com os outros, confiança mútua e generosidade. Então, quando você estiver pensando em como ser um bom vizinho, pense primeiro em respeitar os limites – tanto dos seus vizinhos quanto os seus.

Tags:
AmizadeEducaçãoValoresVirtudes
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