A atriz Regina Casé afirmou ao entrevistador Pedro Bial, em programa veiculado na noite de 25 de abril pela Rede Globo, que a atração televisiva “Esquenta”, apresentada por ela no mesmo canal, foi extinta “por conta do avanço do conservadorismo no Brasil“.
A apresentadora declarou:
“Eu acho que a gente vinha sentindo essa mudança, mas, sem dúvida, essa festa, tudo o que era celebrado, foi mudando. O programa era muito libertador”.
Em outro momento da entrevista, Regina Casé disse que batizou seu filho caçula em cinco religiões diferentes:
“O Roque eu batizei em cinco. Foi simultaneamente: Igreja Católica, candomblé, uma pastora evangélica muito legal, um rabino e uma monja budista. Cinco religiões! Eu gosto de qualquer ritual, aniversário de cachorro, batizado de boneca…”
Os risos da plateia completaram a cena, bastante ilustrativa do sincretismo que reina em muitas manifestações de religiosidade no Brasil.
O que é o sincretismo religioso?
O termo sincretismo, em si mesmo, não se refere somente à religião, mas é aplicado principalmente a ela: trata-se da mistura de visões de mundo e de doutrinas diferentes e incongruentes entre si, mantendo perceptíveis, porém, vários traços próprios das doutrinas originais.
Entre as mais frequentes manifestações dessa mistura contraditória encontra-se a alegada crença simultânea no Cristo Ressuscitado e na ideia de reencarnação, que é incompatível com a ressurreição.
Uma das principais reflexões que este cenário pode inspirar em nós, católicos, é de autocrítica: se realmente acreditamos em Cristo, por que transmitimos com tão pouca clareza o sublime significado da Sua Ressurreição?