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Quando renunciar à própria vontade em favor dos outros?

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Carlos Padilla Esteban - publicado em 15/05/19

Não é fácil. Porque às vezes nos atamos a desejos pequenos e imediatos

O amor é o único que nos torna capazes de renunciar aos nossos próprios desejos por um bem maior.

Uma mulher dizia ao seu esposo: “Quero amá-lo como Deus o ama. Quero cuidar de você durante toda a minha vida, como Ele cuida, ajudá-lo a caminhar. Quero que você seja feliz. Quero me doar sem reservas, cada dia. Quero viver cada dia como uma menina que confia, passar cada dia fazendo o bem, como Jesus”.

O amor verdadeiro é assim, é o amor que nos faz crescer. É esse amor pelo qual é possível renunciar à minha vontade para tornar realidade a vontade do outro, a quem amo.

Esse amor torna meus os desejos de outra pessoa. Esse amor nos faz compreender que a renúncia, o sacrifício, a entrega desinteressada fazem parte do caminho verdadeiro que nos torna plenos.

Renunciar a nós mesmos em prol do outro é uma fonte de vida. Renunciar para que outros tenham vida e cresçam em seu caminho. Nisso consiste a vida verdadeira.

Não é fácil. Porque às vezes nos atamos a desejos pequenos e imediatos. Vivemos o presente como uma realidade eterna. Não queremos deixar de viver o que hoje queremos. É custoso tornar-nos responsáveis pelas consequências dos nossos atos.

Nossa vontade tem de nos levar a amar mais e melhor, com mais profundidade e maturidade. Se nos deixamos levar pelos desejos do mundo, caminhamos sem rumo, sem horizonte verdadeiro. Se colocamos nosso desejo em Deus, chegamos mais longe.

Querer os sentimentos de Jesus para a nossa vida é um salto audaz e corajoso. É desejar que seus desejos sejam os nossos, os que brotam do seu coração, do mais profundo do seu ser.

O que Jesus desejava no fundo da alma? Ele tinha sentimentos de amor, misericórdia, humildade. Jesus desejava dar a vida e que os homens vivessem para Deus. Nós muitas vezes vivemos de costas para Deus. Não o escutamos, não seguimos seus passos.

Ter os sentimentos de Jesus nos leva a caminhar com Ele, como Ele, nele. Supõe unir nosso coração ao seu para sempre. Como dizia Santo Agostinho: “inscrição do coração no coração de Cristo”.

Que nosso coração esteja inscrito no do Senhor! Assim, seu amor viverá em mim. Seus desejos serão os meus. Eu não pensaria como o mundo pensa.

Querer o que Jesus quer. Querer viver nele e descansar em seus braços. Seus sentimento, meus sentimentos. Desejar seu fogo e sua vida. Sua entrega e sua renúncia.

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