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Crise dos 40 anos ou crise da meia-idade: como enfrentar

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Pexels | CC0

Dolors Massot - publicado em 30/05/19

É um momento em que a maioria de nós reavalia a vida

Muitas pessoas experimentam uma crise de meia-idade quando completa 40 anos, e isso as atinge como um grande terremoto. Todos nós fomos avisados ​​que esta crise poderia vir, e talvez tenhamos visto outros passarem por ela antes de nós. Mesmo assim, quando chegamos aos 40 anos, tendemos a reavaliar nossas vidas, e os resultados muitas vezes nos deixam insatisfeitos. Por exemplo:

  • Nós vemos que o tempo está passando e os resultados do nosso trabalho não vieram tão rápido e abundantemente como esperávamos.
  • Nós pensamos que no momento em que completássemos 40 anos, teríamos alcançado estabilidade em nossas vidas, mas, por alguma razão, ainda vivemos na incerteza e temos importantes obstáculos a serem superados.
  • As pessoas em quem confiamos falharam.
  • Pior de tudo, percebemos que precisamos de pelo menos mais 10 anos para alcançar o que acreditávamos que poderíamos ter feito de forma realista até agora.

Na época em que completamos 40 anos, tendemos a perceber que a passagem do tempo é uma parte inevitável e inerente da condição humana, e que não há nada que possamos fazer para escapar dela. Não há alternativa: precisamos nos acostumar com a ideia de que estamos envelhecendo a cada dia, e que a vida que nos resta agora é menor do que a que já vivemos.

De fato, de acordo com as estatísticas e as possibilidades da tecnologia atual, aos 40 anos já vivemos cerca de metade da nossa vida. Nós não somos mais jovens, e nossa saúde provavelmente não é tão boa quanto costumava ser. Precisamos tomar as medidas necessárias para nos mantermos saudáveis.

Mas por que uma crise? Por que acabamos com uma sensação de fracasso ou de sermos incapazes de alcançar nossos sonhos?

Cada pessoa é diferente e terá diferentes razões para sentir o que sente, mas há alguns elementos comuns na maioria das crises da meia-idade. O mais importante é que, para muitas pessoas, é a primeira vez que elas realmente se conscientizam de sua mortalidade, da natureza finita e precária dos seres humanos.

Quando somos jovens, tendemos a pensar que somos como o Super-Homem, mas quando vivemos quatro décadas, a vida nos ensinou o contrário. Talvez tenhamos perdido um emprego ou, apesar de sempre termos sido saudáveis, tenhamos sido abatidos por um acidente ou uma doença.

Às vezes, não precisamos que algo tão dramático aconteça; nós simplesmente vemos que nossa vida não está de acordo com as expectativas idealistas e irrealistas da nossa juventude.

O que podemos fazer então?

  1. Primeiro de tudo, precisamos ser humildes. A humildade é a verdade, segundo Santa Teresa de Jesus. Precisamos olhar para a realidade da vida, sem nos enganar. Pode ser útil rezar ou até mesmo fazer um retiro espiritual, pedindo a Deus que nos ajude a nos ver como Ele nos vê.
  1. Precisamos rever nossas expectativas para nós mesmos nas várias áreas da nossa vida: profissional, social, familiar… Precisamos identificar a situação real e o que podemos realisticamente esperar alcançar.
  1. Qual é o nosso propósito na vida? Para que vivemos? Qual é realmente a nossa motivação motriz? Devemos analisar se essa finalidade é boa ou não: pode ser muito egoísta, pragmática ou idealista – ou todas as três.
  1. Com as informações acima como ponto de partida, peça ajuda. Peça a Deus em oração, pergunte a um terapeuta, a um amigo ou a um membro da família… Peça a alguém que tenha uma experiência real na área onde precisamos melhorar.
  1. Invente uma “edição revisada” de seus objetivos na vida. Como um mapa digital com GPS, precisamos recalcular nossa rota com as coordenadas atualizadas de onde estamos e onde queremos estar. O importante, no final, é seguir em direção ao nosso objetivo. Nós não estamos em uma corrida com ninguém.
  1. Comemore o começo de seus segundos 40 anos de vida! Seja positivo e pense sobre a experiência que você está acumulando, todas as coisas boas que você viveu e recebeu até agora, e tudo o que você espera alcançar no futuro. Vale a pena um brinde de gratidão, mesmo que só façamos um brinde em nosso coração.
  1. De agora em diante, tente manter essa atitude de gratidão. Todos nós precisamos agradecer a Deus e, quando possível – mesmo que apenas em nosso coração – as pessoas que nos ajudaram durante toda a nossa vida: família e amigos, professores, pessoas aleatórias que nos mostraram bondade mesmo em breves interações etc. Vivamos cada dia com consciência de quem somos e para onde estamos indo, apreciando todo o bem em nosso passado e presente, não vamos acordar um dia percebendo que estamos com 80 anos e nos sentindo como se não tivéssemos vivido a nossa vida ao máximo.
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