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O ingrediente oculto e incompreendido para encontrar paz e liberdade

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Robert McTeigue, SJ - publicado em 03/06/19

Precisamos recuperar essa autêntica disciplina cristã, que é aceita de forma secular em pelo menos uma área da vida hoje

Você quer inspirar uma risada irônica? Fale sobre o autocontrole como caminho para a liberdade. Nossa cultura atual tende a ver com rejeição qualquer indício de autocontrole ou disciplina.

Mas e os atletas, especialmente aqueles que demonstram grande precisão (por exemplo, arqueiros, ginastas, patinadores)? Ninguém lamenta sua capacidade impressionante. E ninguém pode negar seriamente que suas habilidades são o resultado de um firme e duradouro compromisso com a disciplina. Sim, é verdade que tais atletas são excepcionais. No entanto, seu exemplo deve nos fazer reconhecer o papel da disciplina na vida de um cristão.

Muitos afirmam que disciplinas ascéticas (por exemplo, jejum e outras disciplinas físicas) foram usadas no passado com excesso e de forma prejudicial. Santo Inácio de Loyola, no final de seus dias, lamentou que, no início de sua conversão, tenha praticado penitências extremas, resultando no comprometimento de sua saúde e na diminuição de sua capacidade de servir a Deus.

Apesar de admitir tudo isso, acho que as declarações de advertência sobre a disciplina cristã não são mais necessárias hoje. Em vez disso, precisamos na verdade é de um autêntico resgate da disciplina cristã para um autodomínio que conduza à genuína liberdade.

A genuína liberdade cristã é bilateral. Há uma liberdade negativa, que é uma “liberdade de”. Para os cristãos, isso inclui a liberdade do erro. Ao mesmo tempo, há uma correspondente liberdade positiva, que é uma “liberdade para”. Para os cristãos, isso inclui a liberdade de amar a Deus e ao próximo como Cristo manda, incluindo a liberdade de discernir com razão e viver fiel e proveitosamente nossa vocação. Como aprenderemos a crescer nessa liberdade?

Vamos dar uma olhada numa joia publicada pela primeira vez no início do século XX: Christian Self-Mastery—How to Govern Your Thoughts, Discipline Your Will, and Achieve Balance in Your Spiritual Life. O autor, o sábio padre Basil W. Maturin, morreu tragicamente em 1914, durante a Primeira Guerra Mundial, quando a embarcação em que ele estava foi bombardeada por um submarino alemão.

Relatos de como ele morreu indicam por que devemos confiar em suas orientações sobre a verdadeira liberdade cristã através da autodisciplina. Seu biógrafo, Masie Ward, escreveu: “Quando seu corpo foi retirado do mar, estava sem colete salva-vidas, o que indica que ele o tenha recusado, pois não havia coletes suficientes para todos. Sobreviventes relataram que o viram de pé no convés muito pálido, mas perfeitamente calmo, dando absolvição a vários passageiros. Quando o último barco de resgate foi abaixado, ele entregou uma criancinha dizendo: “encontre a mãe dela”. O que podemos aprender com um homem que morreu de forma tão nobre? Como ele veio a viver, a um custo tão alto, a verdade sobre a qual ele escreveu tão bem?”

Ele recomenda nove princípios: 1) Desenvolva o autoconhecimento; 2) Discipline-se; 3) Cumpra as leis do espírito; 4) Treine sua vontade; 5) Controle seus pensamentos; 6) Esforce-se pelo equilíbrio; 7) Governe seu corpo; 8) Sacrifique algo bom pelo que é melhor; 9) Persevere.

O Padre Maturin reflexões muito profundas:

Uma certa simpatia moral é absolutamente necessária como condição de amizade, e a santidade consiste na amizade com Deus. Se nós fôssemos em algum sentido amigos de Deus, deveríamos ter pelo menos esse desejo de santidade sem o qual tal amizade seria impossível; o crescimento no conhecimento de Deus é o aprofundamento dessa amizade. Conhecer a Deus é conhecer a si mesmo. Não ter conhecimento de Deus é andar nas trevas, não ter um padrão absoluto para avaliar a si mesmo. Aqueles que fecham completamente suas vidas a Deus são capazes de viver na ignorância de suas falhas.

Essas não são palavras de um guru da auto-ajuda. Em vez disso, encorajam-nos a aprender a nos examinar à luz de Cristo. Ao ver a bondade, integridade, integridade e santidade de Cristo, ao vê-lo como o primeiro e mais brilhante padrão de tudo que é desejável, só então podemos olhar honestamente para nós mesmos, nos avaliar, e confiar plenamente em Cristo, que deseja nos libertar do pecado e nos libertar para a felicidade do céu.

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FelicidadeInteligencia emocionalPazVirtudes
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