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Multinacional do aborto lança ofensiva abortista na América Latina

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Reportagem local - publicado em 05/06/19

Narrativa diz defender vítimas de estupro, mas pró-vidas reagem: "Menores que não são estupradas não engravidam. O que deve ser combatido? O abuso ou o bebê?"

O jornal britânico The Guardian divulgou que as organizações internacionais Planned Parenthood Global e Centro de Direitos Reprodutivos apresentaram ao Comitê de Direitos Humanos da ONU os casos de quatro mulheres da Nicarágua, Guatemala e Equador, todas em idades de 18 a 23 anos, que foram estupradas quando tinham menos de 14 anos, engravidaram de seus estupradores e tiveram seus pedidos de aborto negados pelo judiciário de seus países.

Trata-se de uma nova campanha pró-aborto na América Latina, a começar por aqueles três países das Américas Central e do Sul.

As organizações envolvidas

A Planned Parenthood é o maior conglomerado de clínicas de aborto do mundo. Sua filial norte-americana, a Planned Parenthood Federation America, é acusada de tráfico de órgãos e tecidos de bebês abortados em suas instalações, bem como de ampla gama de irregularidades denunciadas por ex-funcionários no tocante a procedimentos clínicos, indução psicológica e omissão de comunicado às autoridades no caso de clientes menores de idade que foram vítimas de estupro.




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O Centro de Direitos Reprodutivos é uma entidade de atuação internacional que promove abertamente a legalização o mais irrestrita possível do aborto em diversos países. Sua presidente, Nancy Northup, apela para a narrativa ideológica de que a negação do “direito” ao aborto seria “uma clara violação dos direitos humanos“.

Quanto ao influente jornal britânico The Guardian, ele se apresenta na teoria como “editorialmente independente“, mas, na prática, tomou clara posição ideológica ao anunciar parceria com Centro de Direitos Reprodutivos na organização de um evento em favor da legalização do aborto.

Campanha abortista: interesse pelas vítimas ou interesse próprio?

Alexandra de Skinner-Klée, da associação guatemalteca A Família Importa (AFI), observa sobre a campanha liderada pela Planned Parenthood:

“Em nenhum momento ela promove a justiça para a menor, nem o fim dos abusos. O que estão pedindo é o aborto como um ‘direito’. Nós sabemos que a Planned Parenthood Global e o Centro de Direito Reprodutivos querem apenas promover o negócio do aborto. É uma estratégia orquestrada. Uma menor que não é abusada não ficará grávida. O que deve ser combatido ou arrancado pela raiz? O abuso. Vamos nos unir, como América Latina, ou no mundo inteiro, para erradicar o abuso. Uma sociedade saudável tem que unir esforços, recursos e tudo o que seja possível para punir o responsável”.

Eliana Cabrera, ativista pró-vida equatoriana, denuncia que os números alardeados ​​pelos promotores do aborto na América Latina são “distorcidos” e “facilmente desmontáveis”. Ela acrescenta que o drama das menores estupradas e grávidas não será resolvido pela legalização do aborto:

“[Os pró-vida] se preocupam com a tragédia das menores estupradas por seus próprios familiares no Equador, cujas mães muitas vezes se fazem de surdas ou cegas por causa da dependência econômica do estuprador, que é o pai ou padrasto. Temos certeza de que a solução para acabar com os estupros de meninas e mulheres passa pela revitalização das famílias e pelo endurecimento das punições aos estupradores”.

Jessica López, advogada especializada em direito de família e membro da Associação Nicaraguense de Bioética, ressalta:

“Na Nicarágua, o aborto é criminalizado em todas as suas formas desde 2006. [A campanha abortista] é realmente prejudicial, porque, em primeiro lugar, fala em ‘direito ao aborto’, e o aborto não existe como direito, muito menos na Nicarágua. Onde está o estuprador e por que não está na cadeia? E por que não há nenhuma campanha em busca da pessoa que estuprou a menina? Na Nicarágua não há lugar para o aborto; portanto, nenhum direito da menina foi violado”.

Ela também destaca a atual crise política da Nicarágua sob o regime de Daniel Ortega, descrita como “uma situação de morte”. De fato, mais de 500 pessoas foram mortas em protestos contra o regime e esta situação é que deveria ocupar as atenções prioritárias de quem se diz preocupado com os direitos humanos naquele país. Jessica ainda acrescenta:

“[Os promotores do aborto] vêm da esquerda radical e a Nicarágua já se cansou dessa esquerda. E não aceitaremos na Nicarágua aqueles que querem impor o direito a matar. A Nicarágua é pró-vida de coração”.

A campanha abortista procura emplacar nas redes sociais a hashtag #MeninasNãoMães. Em resposta, entidades pró-vida levantaram as hashtags #MeninasNãoAbusadas e #NemAbusoNemAborto.




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Com informações da agência ACI Digital

Tags:
AbortoIdeologiaVida
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