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Por que ainda precisamos do “dom de línguas” para anunciar o Evangelho?

Dom das línguas e Pentecostes

Public Domain

Philip Kosloski - publicado em 05/06/19

A linguagem continua sendo uma parte vital da proclamação do Evangelho

Nos Atos dos Apóstolos, São Lucas narra como, no dia de Pentecostes, o Espírito Santo preencheu os apóstolos e deu-lhes a capacidade de falar em várias línguas (referidas como “línguas”). Ele escreve: “ouvindo aquele ruído, reuniu-se muita gente e maravilhava-se de que cada um os ouvia falar na sua própria língua.Profundamente impressionados, manifestavam a sua admiração: Não são, porventura, galileus todos estes que falam?”(At 2, 6-7).

Isto é muitas vezes referido como o dom de “falar em línguas” ou o “dom de línguas”. Embora possa não parecer um dom necessário no mundo de hoje, São Josemaría Escrivá acredita que ainda pode servir a um propósito de uma maneira diferente.

Ele comenta isso em sua homilia sobre o Espírito Santo intitulada “O Grande Desconhecido”: “cada geração de cristãos precisa redimir, santificar seu próprio tempo. Para fazer isso, devemos entender e compartilhar os anseios de outras pessoas – como iguais – a fim de dar-lhes a conhecer, com o dom de línguas, como eles devem corresponder à ação do Espírito Santo”.

Escrivá continua: “nós, cristãos, somos chamados a anunciar, em nosso próprio tempo, a este mundo a que pertencemos e no qual vivemos, a mensagem – antiga e ao mesmo tempo nova – do Evangelho”.

Ele nos exorta a anunciar a antiga mensagem do Evangelho de uma maneira que o mundo moderno entenda. Embora as verdades centrais do Evangelho permaneçam inalteradas, é a linguagem usada que muda para se adequar ao tempo em que vivemos.

São Paulo VI foi pioneiro nesse sentido, escrevendo em sua exortação apostólica Evangelii Nuntiandi que evangelizar o mundo moderno implica dar esse alimento e sustento necessário à fé dos crentes, especialmente através de uma catequese cheia de vitalidade evangélica e linguagem adequada para as pessoas e suas circunstâncias.

Paulo VI continua: “a evangelização perderia algo da sua força e da sua eficácia se ela porventura não tomasse em consideração o povo concreto a que ela se dirige, não utilizasse a sua língua, os seus sinais e símbolos; depois, não responderia também aos problemas que esse povo apresenta, nem atingiria a sua vidareal”.

Esse trabalho está em andamento, e é difícil de realizar sem a graça do Espírito Santo. Vamos rezar ao Espírito Santo pelo “dom de línguas”, para que favoreça em nós a capacidade de pregar o Evangelho ao mundo moderno em uma linguagem que as pessoas entendam, levando a uma conversão completa da vida.

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