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Mais um casal de idosos morre com diferença de minutos no Rio Grande do Sul

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Chaiane Zanco / Facebook (Reprodução)

Aleteia Brasil - publicado em 12/06/19

No fim de maio, outro casal, unido havia 63 anos, morreu no Estado com meia hora de diferença; neste novo caso foram apenas 5 minutos

Delvino Zanco, de 74 anos, e Maria Soleni Zanco, de 72, foram casados durante mais de 50 anos e permaneceram juntos até que a morte os separou – mas a separação só durou 5 minutos.

Ambos faleceram nesta segunda-feira, 10 de junho, no Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, onde haviam ficado internados durante cinco dias. O casal tinha recebido alta pouco antes, mas precisou retornar rapidamente à unidade, ficando em quartos separados de um mesmo corredor. Enquanto uma filha e um filho de Delvino e Maria recebiam no quarto dele a notícia do seu falecimento por parada cardíaca, entrava uma enfermeira para comunicar que, no outro quarto, a sua mãe também acabava de partir.

No último 31 de maio, no mesmo Estado brasileiro, Ângelo Costa Dias, de 82 anos, e Elvira Sulfiati Dias, de 80, casados havia 63 anos, também faleceram quase juntos, com meia hora de diferença.




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Delvino e Maria

Delvino tinha leucemia, diagnosticada dois meses antes, mas a morte, às 9h25 da manhã, decorreu de um quadro de pneumonia agravada pela baixa imunidade. Ele acabava de completar os 74 anos.

Maria tinha em seu histórico médico três acidentes vasculares cerebrais (AVC), cujas sequelas já a tinham levado a outras internações. O primeiro foi em 2011 e, ao longo dos anos seguintes, ela ficou cada vez mais dependente de ajuda para atos simples como tomar banho, usar o banheiro e até mesmo alimentar-se. Era Delvino quem a ajudava. Assim como ele, Maria também se viu atingida recentemente por uma pneumonia, o que complicou o seu estado de saúde já delicado. Ela faleceu 5 minutos após o marido, às 9h30 desta segunda.

Neta do casal, Chaiane Zanco relatou à imprensa local:

“Ele acabou cuidando dela nesses anos, mas sempre gostou de fazer comida. Meu avô gostava da horta que ele tinha na casa onde viveu com minha avó. Depois que a leucemia foi descoberta, eles vieram morar conosco. Ficaram quatro gerações na mesma casa: minha avó, minha mãe, eu e minha filha, que tem 6 anos. Mas a gente sempre cuidou deles, mesmo quando morávamos em casas diferentes. Sempre tentamos fazer de tudo pra amenizar”.

Delvino e Maria tinham três filhos, quatro netos e dois bisnetos. Familiares se despediram com mensagens como esta, compartilhada em redes sociais:

“Hoje nós vimos partir um AMOR… Amor daqueles que não são pra qualquer um, amor de verdade, de alma e coração, um amor que viveu nas ALEGRIAS E NAS TRISTEZAS comemorando a cada conquista e lutando junto a cada desafio. NA SAÚDE E NA DOENÇA. Se divertindo quando estavam sadios e cuidando um do outro quando a doença aos poucos veio chegando. Mas esse AMOR não parou por aí, foi muito além do ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE, pois nem mesmo a morte foi capaz de separar um amor tão lindo quanto o de vocês, que com apenas alguns minutos de diferença partiram e foram viver esse amor lá no céu!”

Que Delvino e Maria descansem em paz e inspirem o amor de muitos casais.

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