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Quer ter um coração semelhante ao de Jesus? Siga estes conselhos

SACRED HEART
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Padre Reginaldo Manzotti - publicado em 13/06/19
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Primeira dica: se queremos ter o coração semelhante ao de Jesus, não podemos ter as mãos sujasA devoção ao Sagrado Coração de Jesus é um dos grandes desafios da
nossa fé, porque nos leva a contemplar, experimentar e testemunhar o amor de
Deus.

Para aprofundarmos nossa relação com Jesus, temos que parar de
sermos rasos e passar a sermos profundos com relação ao Seu amor.
Na vida não precisamos saber de tudo, mas temos que nos propor a fazer
tudo bem. Pensando assim, se nos propomos a seguir Jesus nós temos que
ser excelentes e verdadeiramente diplomados no conhecimento profundo Dele.

É isso que Deus espera de nós, que sejamos e tenhamos profundamente essa
relação com Jesus Cristo no Seu Sagrado Coração. O cristão tem que ter conhecimento profundo de quem é Jesus Cristo, quais são seus ensinamentos, seus sentimentos. Na devoção ao Sagrado Coração, como nos ensina o ministério da Igreja, somos chamados a “experimentar” esse Jesus.

Olhar para Jesus no seu coração transpassado e dilacerado significa
tentar perceber um movimento de encontro com o coração de Jesus, que, por
excelência, está na Eucaristia. Portanto, um olhar para o coração é um olhar
para a Eucaristia. É um olhar que transforma e nos mantém fixos no Senhor,
como nos diz o Salmo: “Como os olhos dos escravos, fixos nas mãos do seu
senhor, e como os olhos da escrava, fixos nas mãos da sua senhora, assim
estão os nossos olhos fixos no Senhor nosso Deus, até que Se compadeça de
nós” (Sl 123, 2).

Se olharmos para as coisas erradas elas nos atraem. Se ficarmos sempre
reparando nas coisas ruins elas nos atraem. Por isso, devemos manter nossos
olhos nos bons exemplos e nas atitudes de Jesus e aprender com elas.

A devoção ao Sagrado Coração de Jesus nos ajuda a experimentar esse
amor e depois testemunhá-lo. O amor leva o nosso coração a bater no mesmo
ritmo, pulsar na mesma frequência desse Sagrado Coração. Percebam que quando nos aproximamos de alguém que amamos e esse amor é recíproco, o coração dispara para depois acalma-se e ambos batem na mesma frequência. Quando Maria chegou à casa de Isabel, a criança pulou de alegria no seu ventre (Lc 1,44). Também quando o discípulo amado reclinou sua cabeça no peito do Mestre, seu coração pulsou na mesma frequência que o Dele (cf. 13,23). Então, quando chegarmos à presença de Jesus deixemos nosso coração acelerar de alegria e quando se acalmar, pulsar no mesmo ritmo do coração de Jesus.

Esta é a espiritualidade de quem quer viver a jaculatória: “Jesus manso e
humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso”. Espiritualidade que nos leva a encontrar o verdadeiro sentido de ser, que significa permanecer afastado das perversões e das impurezas. Para ter o coração como o de Jesus, não podemos permitir que a semente do mal, do joio, cresça e tome conta da nossa vontade. Temos que erradicar, tirar, cortar o mal pela raiz.

Se queremos ter o coração semelhante ao de Jesus, não podemos ter as
mãos sujas pelas negociatas, por tocar onde não devia, suja porque fomos
coniventes com as injustiças, porque cruzamos os braços quando alguém
precisou. Mãos sujas porque faltamos com o respeito, pelo desacato, pela
omissão.

Para termos devoção ao Sagrado Coração de Jesus, precisamos de um
coração limpo, purificado, santificado. Se quisermos que nosso coração pulse
no mesmo ritmo que o de Jesus, tenhamos os mesmos sentimentos que Ele e
configuremos nosso coração ao Dele.

Para isso, precisamos conhecer Jesus através da Sagrada Escritura. Sem
esse conhecimento não progrediremos, seremos cegos guiando cegos.
Seremos pessoas que não têm referência. O conhecimento de Jesus nos
levará aos mesmos sentimentos, à mesma atitude, ao mesmo posicionamento
Dele. Olhar, contemplar, aprofundar Jesus é olhar, contemplar e aprofundar o
amor de um Deus encarnado, que se tornou visível. Um Deus que na cruz
transbordou a Redenção. Nós temos que conhecê-Lo de tal forma que flua,
brote, emane esse conhecimento e nos leve a uma experiência visceral.

Então, nos cabe uma pergunta: Qual o nível de profundidade de nossa
experiência com Jesus? Temos que nos perguntar isso, porque o que nos leva
à experiência e ao conhecimento é a Palavra de Deus “mastigada”, “ruminada”
e tão internalizada a ponto de não sabermos se é nosso conceito ou conceito
de Deus, como viveu São Paulo: “Eu vivo, mas já não sou eu que vivo, pois é

Cristo que vive em mim” (Gl 2,20a). É essa a dinâmica do Coração
transbordante de Jesus. Assim, deixemo-nos atrair por esse Coração que é misericórdia, amor, perdão e doação.


EUCHARISTIE MESSE
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