Mulher dá à luz depois de 13 abortos espontâneos

Foi uma verdadeira batalha em busca do milagre da vida. Mas Laura Worsley, de 35 anos, venceu!

A mulher teve 11 gestações que terminaram antes dos três meses, uma na décima sétima semana gestacional e outra gravidez findada na vigésima semana. Sim, foram 13 abortos espontâneos em 11 anos. Porém, o sonho de ser mãe sempre falou mais alto.

Após o terceiro aborto, os médicos descobriram que Laura tinha síndrome antifosfolipídica, anomalia conhecida como “síndrome do sangue pegajoso”, que pode causar abortos recorrentes.Os especialistas disseram, entretanto, que o tratamento com uma forte carga de ácido fólico poderia curar a anomalia e fazer o organismo progredir com a gestação. Mas isso não aconteceu.

A partir daí, foram vários tratamentos para engravidar. O casal também participou de vários estudos. Porém, o corpo de Laura não continuava não segurando os bebês. Mas desistir era palavra proibida para ela: “Eu vivia para isso – perdi anos da minha vida. Só pensava que, se não pudesse ter um bebê, não via sentido na minha vida”, disse Laura Worsleya em entrevista para a BBC.

Última tentativa

Quando o casal já estava desanimando, os médicos sugeriram que eles tentassem mais uma vez. Os especialistas usariam uma técnica pioneira para tentar segurar a gravidez.

“Pensei que, se restava um pouco de esperança, eu precisava tentar novamente. Falei com Dave [o marido], e ele achou o mesmo. Disse a mim mesma que era a última vez que faria isso”, desabafou para a reportagem.

Depois de receber uma medicação para melhorar o revestimento do útero de Laura, o casal concebeu naturalmente pela décima quarta vez. Os médicos utilizaram esteróides para conter o sistema imunológico de Laura e, assim, permitir que a gravidez evoluísse além de 24 semanas. Neste estágio gestacional, se precisarem nascer, os bebês têm maiores chances de sobreviver.

Apesar dos efeitos colaterais, a medicação ajudou a impedir o sangue de coagular. E deu certo! Laura segurou a gestação até a trigésima semana, quando sua bolsa estourou.

A menininha, chamada Ivy, nasceu de cesariana com 700 gramas. Precisou ir imediatamente para a UTI neonatal e ficou internada por quase três meses. Agora, o bebê já tem nove meses e cresce saudavelmente.

“Eu olho para ela e penso ‘milagres acontecem’. Li sobre os milagres de outras pessoas, e agora tenho o meu”, comemora a mamãe, que vai ser um belo exemplo de esperança, fé e garra para a filha e para o mundo todo.

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