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Papa elogia encontro de Donald Trump e Kim Jong-un

KOREA-TRUMP-KIM

Brendan Smialowski / AFP

Reportagem local - publicado em 02/07/19

Francisco fala em sinal da "cultura do encontro" - mas ainda resta muitíssimo a fazer: Coreia do Norte é um dos países que mais perseguem cristãos

O Papa Francisco se referiu de modo positivo ao encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ocorrido neste domingo após a reunião de cúpula realizada no Japão entre os países que formam o assim chamado G20. A Coreia do Norte não participa do grupo, mas Trump viajou até a zona desmilitarizada entre o país e a vizinha Coreia do Sul para dar um passo que a mídia internacional descreveu como “inesperado” no contexto desafiador de normalizar a relação entre as duas Coreias no médio prazo, desnuclearizando o regime comunista do norte.

Donald Trump se tornou o primeiro presidente dos Estados Unidos que, no desempenho das suas funções, entrou em território norte-coreano. Segundo Trump, o seu país e a Coreia do Norte iniciarão reuniões de trabalho nas próximas três semanas a respeito do processo de desnuclearização.

Kim Jong-un afirmou sobre o encontro:

“Acredito que, ao nos encontrarmos aqui, que é um símbolo de divisão e de um passado hostil, ao se encontrarem aqui dois países que têm um passado hostil, estamos demonstrando ao mundo que temos um novo presente”.

O Papa Francisco descreveu o encontro de Trump e Kim como um sinal de “cultura do encontro“:

“Nas últimas horas, assistimos, na Coreia, a um bom exemplo da cultura do encontro. Saúdo os protagonistas, com a oração para que este significativo gesto constitua um novo passo no caminho para a paz, não só naquela península, mas em favor de todo o mundo”.

Francisco se manifestou sobre o assunto logo após a sua tradicional catequese dominical, na Praça de São Pedro, durante a alocução que acompanha a oração do Ângelus com os peregrinos. O Papa destacou, neste domingo, a importância de seguirmos Jesus com três condições: “itinerância, prontidão e decisão“, o que se traduz, segundo ele, em “gestos concretos de proximidade com os irmãos mais necessitados de acolhimento e de cuidado“.

O Santo Padre encerrou suas palavras pedindo a intercessão de Nossa Senhora:

“Que a Virgem Maria, ícone da Igreja a caminho, nos ajude a seguir com alegria o Senhor Jesus e a anunciar aos irmãos, com renovado amor, a Boa Nova da salvação”.

No caso da Coreia do Norte, toda intercessão é mais que bem-vinda, já que se trata de um dos regimes ideológicos mais sanguinários que resistem hoje sobre a face da Terra. Entre os muitos grupos abertamente perseguidos, torturados e executados pela ditadura comunista ateia do clã Kim, estão os cristãos.


Estátua de Kim Il-sung

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