Dom José Gómez, arcebispo de Los Angeles, nos Estados Unidos, afirmou em texto divulgado aos fiéis que rezar o terço é um remédio para a “cultura do ativismo“, a mentalidade que transforma o “fazer” na principal dimensão da nossa existência, em detrimento do “ser”. Nesse contexto de atividade exacerbada e muitas vezes sem propósito transcendente, acabamos sem tempo suficiente para a espiritualidade, chegando a considerar “o tempo que passamos com Deus como um tempo desperdiçado”.
O arcebispo observa que as tecnologias “estão se tornando mais que simples ferramentas para nos ajudar a realizar tarefas e facilitar a nossa vida: estão mudando a nossa forma de pensar e de experimentar a realidade“.
“Acredito que todos conhecemos bem a sensação de ficar presos e consumidos pelas nossas atividades, inclusive pelas coisas boas que fazemos para ajudar os outros e a serviço do Evangelho”.
Trata-se, aliás, do que o Papa Francisco chamou de “ativismo pastoral”, descrito como “um perigo sempre presente”.
Um remédio mariano
Dom José é propositivo diante do problema diagnosticado:
“Proponho como remédio espiritual o rosário. Esta é a oração perfeita para estes tempos de distração, um remédio para o ativismo. O rosário é uma oração contemplativa. E todos precisamos de mais contemplação, de mais oração em nossa vida. Quando rezamos o rosário, os nossos pensamentos se centram, com atenção amorosa, em Jesus, nos mistérios da Sua vida, no rosto que Deus mostra a cada um de nós. O rosário abre o nosso coração ao plano de Deus, à Sua vontade amorosa para a nossa vida. Esta oração nos ensina a escutar e a observar, como a Virgem Maria, os sinais dos propósitos da obra de Deus na nossa vida diária. Esta oração nos ensina a confiar em Deus e a tentar fazer a vontade d’Ele em nossa vida, também a exemplo de Maria”.
O arcebispo enfatizou ainda a necessidade de equilíbrio entre o trabalho, a oração, o descanso e o lazer: não é preciso rejeitar a tecnologia, mas sim organizar o tempo e dedicar a atenção adequada a cada atividade.
Leia também:
Irmã Lúcia, de Fátima: “Rosário e escapulário são inseparáveis”