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O testemunho do primeiro padre ordenado cego em Portugal: “Agradeço a Deus”

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Pe. Tiago Varanda / Arquidiocese de Braga (Reprodução)

Aleteia Brasil - publicado em 17/07/19

"Conto com a graça de Deus para me deixar cada vez mais transformar, tornando-me instrumento nas Suas mãos para que a Sua graça chegue a muitos corações"

O pe. Tiago Varanda, 35 anos, cego desde os 16 anos em decorrência de um glaucoma congênito, recebeu neste domingo a ordem do sacerdócio no Santuário do Sameiro, em Braga. Embora existam em Portugal outros sacerdotes que perderam a visão depois de já terem sido ordenados, Tiago é o primeiro do país que recebe a ordenação sacerdotal já sendo cego.

Eis o testemunho do novo sacerdote, publicado pelo site da arquidiocese de Braga:

Tiago Varanda

35 anos, natural de S. Pedro de Penude, Lamego

“«Importa que Jesus Cristo cresça e eu diminua»! (Jo 3, 30) S. João Baptista sempre foi alguém cujo carisma me cativou, especialmente no meu percurso vocacional. Identifico-me muito com ele, pela centralidade que Jesus Cristo tem na sua vida, pela humildade com que ele aponta para Jesus e desaparece para deixar que os seus discípulos O sigam a Ele (cf. Jo 1, 36-37), o único a Quem importa seguir! Considero que esta é também para mim a minha maior motivação para aceitar o ministério do sacerdócio a que o Senhor me desafia: atrair muitos discípulos para Jesus Cristo, para que Ele seja tudo em todos (cf. 1 Cor 15, 28). Reconheço que o trabalho pela humildade será um esforço para toda a vida. Mas conto com a graça de Deus para me deixar cada vez mais transformar, tornando-me instrumento nas suas mãos para que a sua graça chegue a muitos corações, pelo ministério sacerdotal que Ele me quer confiar. Conto também com a oração de tantos irmãos e irmãs, que, de forma mais próxima ou mais discretamente, me têm apoiado nesta caminhada, sem os quais eu não teria força para enfrentar sozinho os grandes desafios do ministério. Agradeço a Deus por todos aqueles e aquelas que têm sido para mim «como coluna de ferro e muralha de bronze» (Jr 1, 18), um apoio e protecção nas vicissitudes da vida, não só pelos gestos de auxílio concreto e generoso, mas também pela oração que continuamente elevam aos Céus por mim e pelo ministério sacerdotal a que o Senhor Jesus me chama! Muito obrigado a todos!”



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