Conclusões alarmantes vêm de um estudo independente divulgado pelo governo do Reino UnidoUm preocupante dossiê intitulado “Relatório sobre a Perseguição aos Cristãos” foi elaborado neste ano sob a supervisão da Secretaria de Estado do Reino Unido para Assuntos Exteriores, com a coordenação do secretário Jeremy Hunt.
O documento aponta que, hoje, em todo o planeta, 1 em cada 3 pessoas sofre perseguição religiosa – e 80% das vítimas são cristãs. A situação é mais grave em áreas do Oriente Médio e do Norte de África, onde a perseguição chega a “níveis extremos“, mas dezenas de países de todos os continentes apresentam situações críticas de vexações, intimidações, ameaças, censura e violência.
O relatório foi apresentado no Vaticano pelo subsecretário para as Relações com os Estados, pe. Antoine Camilleri, que enfatizou a necessidade do estudo para proporcionar “uma crescente consciencialização quanto à discriminação e perseguição motivada pela crença religiosa” e para denunciar “o contexto trágico em que vivem os cristãos em diversas partes do mundo”.
“Não podemos ignorar o fato de que a perseguição religiosa atinge hoje, em larga escala, uma variedade de comunidades religiosas, grupos e indivíduos. Infelizmente, muitos destes crimes parecem continuar impunes e persistirem sob o olhar pouco mais que envergonhado da comunidade internacional”.
O pe. Camilleri destacou a urgência de se combaterem também “outras formas de discriminação e perseguição religiosa que, embora menos radicais do que a perseguição física, são igualmente cerceadoras da plena vivência da liberdade religiosa e da prática ou expressão de convicções, seja em privado, seja em público”.
Ele ainda faz uma clara denúncia de um fato facilmente perceptível nos países do Ocidente supostamente “livres”:
“[Há uma] tendência crescente, inclusive nas democracias consolidadas, de criminalizar ou penalizar os líderes religiosos por apresentarem os fundamentos básicos da sua fé, especialmente em áreas como a vida, o matrimônio ou a família”.
Saiba mais detalhes do relatório britânico:
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