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EUA vão pressionar Coreia do Norte a respeitar liberdade religiosa

Donald Trump, Kim Dzong Un oraz Mun Dze-in

Wang Jingqiang/Xinhua News/East News

Fundação AIS - publicado em 22/07/19

O responsável pelo Departamento de Estado criticou também o Irã e a China pela falta de respeito pelos direitos humanos

Coreia do Norte, China e Irã estiveram no centro da reunião realizada na semana passada em Washington, nos Estados Unidos, sobre a liberdade religiosa no mundo. E estiveram no centro da reunião pelos piores motivos: por serem três dos países onde a perseguição religiosa é mais evidente.

A Coreia do Norte esteve particularmente em foco por causa da afirmação de Mike Pence, vice-presidente dos Estados Unidos, de que o seu país vai “pressionar” o regime de Pyongyang para respeitar a liberdade religiosa.

Mike Pence garantiu que esta questão tem estado presente nas cimeiras entre o presidente Donald Trump e o líder norte-coreano, Kim Jung-un, a par, por exemplo, da questão da desnuclearização do país.

“Enquanto o presidente Trump continua a diligenciar a desnuclearização da Coreia do Norte e uma paz duradoura, os Estados Unidos continuarão a defender a liberdade religiosa de todas as pessoas de todas as religiões na península coreana”, afirmou Mike Pence.

Durante o encontro, o vice-presidente dos Estados Unidos referiu-se ao facto, por exemplo, de que a simples posse de um exemplar da Bíblia na Coreia do Norte pode ser visto pelas autoridades como uma “ofensa capital”.

A reunião de Washington, que acontece já pelo segundo ano consecutivo, juntou 106 países, mais de meio milhar de Organizações Não-Governamentais e centenas de activistas, e vai dar origem, para já, à criação de um órgão internacional sobre a questão da liberdade religiosa.

Segundo o secretário de Estado Mike Pompeo, esta entidade – que poderá ser denominada Aliança Internacional pela Liberdade Religiosa – vai “unir países com ideias semelhantes” para tornar esta questão uma prioridade a nível internacional. “Isso proporcionará um espaço” para a defesa dos “direitos inalienáveis de todos os seres humanos” no que respeita à liberdade religiosa.

Durante a reunião, o responsável pelo Departamento de Estado, o equivalente a ministro dos Negócios Estrangeiros, criticou também duramente o Irã e a China pela falta de respeito pelos direitos humanos nos seus países, destacando, no caso do regime de Pequim, a questão dos muçulmanos uigures, uma minoria religiosa que tem sido alvo de perseguição pelo governo.

Sobre as notícias de que mais de 1 milhão de uigures estarão detidos em campos de concentração, ou centros de reeducação na China, Mike Pompeo afirmou que se trata de “uma verdadeira mancha” na questão “dos direitos humanos” neste século.

Na reunião de Washington, além da Coreia do Norte, China e Irão, outros países estiveram no centro das atenções por causa da perseguição religiosa. Foi o caso, por exemplo, de Mianmar, Vietname, Turquia, Cuba, Eritreia, Nigéria, Sudão e Paquistão.

(Departamento de Informação da Fundação AIS)

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