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Por que a rotina de dormir dos seus filhos deve ser uma prioridade

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Rido | Shutterstock

Calah Alexander - publicado em 29/07/19

Às vezes a vida parece ocupada demais para rituais prolongados da hora de dormir. Mas o que estamos sacrificando quando os interrompemos?

A “hora de ir para a cama” costumava ser um evento em nossa casa. E eu não estou falando das tarefas que antecedem a hora de dormir – banho / pijama / escovar os dentes… Falo do momento em que as crianças iam para a cama até quando pegavam no sono.

Nós sempre começávamos com uma história, que podia desencadear ​perguntas e debates. Depois vinham as orações, que podiam conduzir a mais debates. Então cantávamos a canção de ninar, vinham os beijos e o “boa-noite”. E como sempre, todas as noites, eles tinham algo mais a dizer.

Às vezes, pedidos de água ou para usar o banheiro. Mas, não raro, surgiam questões que os preocupavam, mágoas e medos. Era um momento precioso de conexão e vulnerabilidade para todos nós.

À medida que as crianças cresceram, nossa vida familiar ficou mais agitada, e eu comecei a trabalhar mais. Normalmente, ainda tenho uma lista de tarefas para concluir depois que coloco as crianças na cama.

Meu telefone parece um carcereiro, constantemente me lembrando de todas as mensagens que tenho para responder ou coordenar. Como resultado, a hora de dormir tornou-se mais curta e direta. Fiquei dizendo a mim mesmo que era necessário por um tempo, até as coisas se acalmarem. Mas recentemente aceitei que isso não é apenas um período, é a vida.

Sinto falta de ser uma mãe dona de casa com tempo para assar pão caseiro e fazer receitas longas e complicadas. Posso até considerar isso um luxo. Mas aquelas conversas na hora de dormir não eram luxo.

Elas eram uma parte vital da nossa vida familiar e me ajudavam a me manter fundamentada no meu relacionamento com meus filhos.

Como não temos tido mais esses momentos nos últimos meses, uma sensação forte me bateu: do que eu realmente sinto falta é da conexão com meus filhos. Estou sentindo falta da conexão que costumava ter com eles. De uma maneira real, sinto falta dos meus filhos – embora eu os veja o tempo todo, todos os dias. E eu sei que eles estão sentindo a minha falta, porque eles me dizem isso. Todo dia.

Meu equilíbrio entre trabalho e vida pessoal saiu dos trilhos. Tenho de tornar “a hora de ir para cama” uma prioridade novamente. Estabelecer uma hora sagrada, não importa o quê – sem telefone, sem trabalho, nada além de mim e meus filhos, e liberdade para falar sobre qualquer coisa e tudo que está acontecendo na vida deles.

Mas eu me conheço. Não importa quão sinceras sejam as minhas intenções, chegará uma noite em que estarei sobrecarregada pelas tarefas que ainda me aguardam e vou recorrer ao corte da hora de dormir de novo.

A paternidade/maternidade é difícil. Está cheia de distrações, obrigações e compromissos. Há lição de casa para verificar, almoço para fazer, atividades, obrigações, e a lista continua. Mas raramente colocamos nosso relacionamento com nossos filhos nessa lista, e isso deve estar no topo.

Precisamos desse tempo de qualidade de conexão tanto quanto nossos filhos precisam. Precisamos saber o que está acontecendo com eles, ter tempo de derramar amor em suas pequenas almas e deixá-los derramar o amor de volta em nós. É nossa tarefa principal, nosso dever sagrado e nosso propósito final.

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