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Regime cubano boicota encontro nacional da juventude católica

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Pastoral Juvenil de La Habana

Reportagem local - publicado em 01/08/19

"Após a morte do cardeal Ortega, intensificou-se o assédio contra a Igreja e espera-se mais perseguição nos próximos meses"

A segunda Jornada Nacional da Juventude (JNJ) começa hoje, 1º de agosto, em Cuba, entre vários desafios impostos pelo regime que governa a ilha.

Um dos maiores foi a mudança do formato do evento, que deveria ter ocorrido de modo centralizado na cidade de Santiago de Cuba, mas, por restrições econômicas, acabou sendo fragmentado em eventos locais nas dioceses do país.

Outro desafio, denunciado pelo Movimento Cristão Libertação (MCL), é a determinação do regime cubano de que todas as atividades ocorram dentro das igrejas e não em locais públicos, o que restringe ainda mais o seu alcance, reduzindo possibilidades de confraternização e até impedindo práticas de piedade como as Vias Sacras planejadas para ocorrer em ruas de cidades como Santa Clara e Matanzas.

O MCL chegou a afirmar, em comunicado de 28 de julho:

“Após a morte do cardeal Ortega, intensificou-se o assédio contra a Igreja e espera-se mais perseguição nos próximos meses”.

Com a proibição de atividades públicas da JNJ, o pe. Jorge Luis Pérez Soto, assessor da Pastoral Juvenil da Arquidiocese de Havana, se reuniu com a comissão de organização da jornada para reorganizar o planejamento quase em cima da hora.

A agência ACI Digital menciona o comentário de um jovem que faz parte da pastoral:

“Um dos principais incentivos que tínhamos para a jornada era fazer a Via-Sacra e a vigília nas ruas de Havana. Íamos percorrer com a Cruz o bairro de Jesús María, uma das áreas mais pobres da cidade”.

Apesar dos boicotes do regime cubano, líderes da Igreja católica na ilha decidiram manter o encontro. Em plena missa de exéquias do cardeal Jaime Ortega, no último dia 26 de julho, o arcebispo dom Juan García Rodríguez, de Havana, afirmou claramente na homilia, perante as autoridades do regime, que “os jovens vão comparecer, sim, à JNJ, porque era um dos desejos do cardeal“.

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IdeologiaJovensPerseguiçãoPolítica
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