separateurCreated with Sketch.

Por que parar de lutar e se entregar a Deus

THE GOOD SHEPHARD
whatsappfacebooktwitter-xemailnative
Robert McTeigue, SJ - publicado em 02/08/19
whatsappfacebooktwitter-xemailnative

Por que estamos tão empenhados em encontrar uma alternativa a seguir o Deus vivo?Minha cena favorita de Excalibur: o jovem Arthur remove a espada Excalibur da pedra, tornando-se rei. As pessoas questionam como esse jovem pode ser rei. Artur brande a espada, declarando: “Qualquer homem que seja um cavaleiro e siga um rei, siga-me!” Seguir um rei por uma causa, ter boas razões para viver e morrer – isso toca profundamente o coração. Nós frequentemente corrompemos esse nobre desejo, ligando-o ao que não é Deus.

E Cristo, Rei? Grande parte do mundo O ignora ou rejeita. Muitos negam a Deus, negam nosso Rei celestial, agindo como se não houvesse Senhor para amar e servir.

Sem um Rei, como a alma encontrará propósito? Um Rei chama seu povo a um destino glorioso. Jean-Paul Sartre disse: “O homem é uma paixão inútil”. Assim, o mundo oferece muitos brinquedos para nos distrair da nossa miséria.

O mundo diz que não há Senhor para amar e servir. Talvez esta seja a pior mentira de todas. O coração humano anseia por dar todo o amor que pode e para ver todo esse amor completamente acolhido.

O coração humano sofre para receber amor constante e fiel. Mas o mundo diz que não podemos ter esse amor perfeito, porque não há Senhor para amar e servir. Assim, o mundo oferece ídolos para tomar o lugar do verdadeiro amor que queremos dar e receber.

E se agirmos segundo a verdade de que há esperança, propósito e amor? Acreditando em um Deus de esperança, nossa dor seria mais fácil de suportar e nossa adoração seria mais alegre, porque creríamos que Jesus venceu o pecado e a morte, e que sua vitória nos será dada. Nós saberíamos que qualquer coisa boa aparentemente perdida nunca foi realmente perdida, mas oferecida a Deus, que nos dará tudo de bom em seu Reino.

Acreditando que Cristo é nosso Rei, o que sucede? Cristo disse a Pilatos: Meu Reino não é deste mundo. Eu vim ao mundo para testemunhar a verdade. Qualquer um comprometido com a verdade ouve a minha voz. Cristo testemunha a terrível e maravilhosa verdade.

A terrível verdade: somos pecadores. O pecado traz a escuridão e a morte.

A gloriosa verdade: Cristo vem para nos resgatar, purificando-nos com seu próprio sangue, fazendo-nos herdeiros de seu Reino, levando-nos para o lar de seu Pai.

A verdade mais difícil e triste: muitas vezes acreditamos que o amor é impossível. Então vem o mundo para medicar a dor da nossa solidão.

Nós não podemos continuar vivendo assim. Vida sem a plenitude de Deus, sem esperança, propósito ou amor. O que fazer?

Uma sugestão: render-se. Pare de lutar contra Deus. Pare de procurar uma alternativa a seguir o Deus vivo. Você não pode vencer esta guerra. Apenas se renda. Pegue toda a sua vida e entregue a Deus dizendo: “Leve-me ao seu Reino”.

Santo Inácio de Loyola pergunta: a quem você servirá? Você será um herói, um santo, um discípulo leal a Cristo e seu Reino? Ou você será um escravo no serviço de Satanás? Essas são as únicas opções que vamos conseguir.

Santo Inácio de Loyola procurou formar pessoas que quisessem se distinguir no serviço de Cristo Rei. Pense nisso! Ser levado ao serviço de Cristo Rei, tendo um grande amor e propósito, sabendo que, se sofrermos e nos esforçarmos com Ele nesta vida, alegraremo-nos com Ele para sempre no Céu. Ousamos esperar por uma alegria tão perfeita?

A escolha sensata é comprometer-se a seguir a Cristo Rei crucificado, vencendo nosso egoísmo. A escolha sensata é comprometer-se a seguir Cristo, semeando as sementes de uma colheita rica e frutífera. A escolha sensata é seguir nosso Rei, que agora nos chama para servir. A escolha sensata é estar pronto para receber Cristo, nosso Rei que retorna.

Precisamos fazer o que o amor exige, atendendo ao chamado de Cristo, oferecendo tudo e permitindo que Ele supra o resto. Como diz a grande oração de Santo Inácio de Loyola:

Tomai, Senhor, e recebei toda a minha liberdade, minha memória, minha inteligência e toda a minha vontade, tudo o que tenho e possuo. De vós recebi; a vós, Senhor o restituo. Tudo é vosso; disponde de tudo inteiramente, segundo a vossa vontade. Dai-me o vosso amor e graça, que isso me basta.