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A resposta genial de uma mãe depois que o filho autista não foi convidado para uma festa

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Reprodução / Instagram @autimobr

Arthur, de 2 anos, foi chamado de "problemático"; mãe deu uma bela resposta nas redes sociais

Reportagem local - publicado em 06/08/19

"Ele é autista e é muito feliz e abençoado. Extremamente protegido pelo seu anjo da guarda, que acaba de mostrar um livramento"

Uma mãe fez um longo, sincero e coerente desabafo nas redes sociais depois que o filho dela, quetem dois anos e é autista, não foi convidado para uma festa de aniversáriopor ser considerado “problemático”.

Tudo começou em um grupo do WhatsApp. Sara, a mãe do garoto autista, recebeu uma mensagem de outra mulher identificada apenas como Viviane. O texto dizia o seguinte:

“Oi, Sara! Eu vi que você está no grupo das meninas. Nós estávamos falando da festa do Ruan. Não quero que você fique mal, mas não vou convidar você por causa do seu filho que é meio problemático. As outras crianças vão ficar incomodadas. Espero que entenda. Desculpa.”

Sara, foi às redes sociais para responder à afronta da mulher e deu-lhe uma verdadeira lição de cidadania e grandeza espiritual. A íntegra do texto foi publicada pelo site Metrópoles. Confira:

“Viviane eu agradeço sua mensagem. Meu filho não gostaria de ir na festinha do Ruan, e eu também ficaria muito incomodada caso ele fosse convidado. Meu filho não é ‘problemático’. Ele é autista e é muito feliz e abençoado. Extremamente protegido pelo seu anjo da guarda, que acaba de mostrar um livramento. É que eu e minha família temos um alicerce principiológico, onde o respeito impera, ensinamos a respeitar o próximo. Queremos que ele, no futuro, possa conviver em uma sociedade mais justa, onde na arena da vida não só apenas os ‘perfeitamente normais’ sejam vencedores. A deficiência do meu filho não o torna inferior ao seu filho ou demais crianças, mas isso é algo que não posso cobrar de você um entendimento. Nem todas as pessoas são normais, algumas não possuem sequer capacidade para entender. Eu sou #mãe de um autista, mas bastante forte para enfrentar esse tipo de situação. Procuro tornar meu fardo mais leve, estar ao lado de pessoas boas e queridas, que praticam o bem e nos fazem o bem. Eu, minha família e meu filho afastamos de pessoas cruéis, medíocres, imbecis e inúteis. Infelizmente, o ser humano, no decorrer de sua trajetória, vai absorvendo o que há de bom e ruim ao seu redor. E prometo que vou rezar pelo futuro do seu filho. Afinal, a criança é fruto do meio em que vive. A nossa sociedade está mudando, e ela não tolera mais esse tipo de preconceito e discriminação. Temos uma legislação forte sobre o tema e, hoje, há justiça para o meu filho lutar na arena da vida de forma igualitária e justa. Comentários, brincadeirinhas e simples mensagens, como a que você me enviou, são pautas corriqueiras em convenções internacionais de direitos humanos. E, graças a Deus, nosso país tem avançado bastante na legislação e nas penas conforme o artigo 88 da Lei 13.146/2015. Se cada #pai de autista denunciar esse tipo de situação, em breve, teremos uma sociedade melhor, com mais respeito, pois na arena todos podem combater e vencer! Beijos.”

CATERINA SCORSONE

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Tags:
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