Aleteia logoAleteia logoAleteia
Terça-feira 28 Novembro |
Santa Teodora
Aleteia logo
Histórias Inspiradoras
separateurCreated with Sketch.

Pai testemunha: “Se não fosse por Charlie Gard, o meu filho não existiria”

davide-e-charlie.jpg

Il Timone (Reprodução) / Família Gard

Reportagem local - publicado em 07/08/19

Bebê inglês assassinado pela cultura do descarte em 2017 levou casal italiano a mudar de ideia

Prestes a completar 1 ano de idade, o bebê inglês Charlie Gard partiu deste mundo em 28 de julho de 2017 após uma extraordinária luta pela vida: vítima de uma rara síndrome de esgotamento mitocondrial que o enfraquecia progressivamente, ele esteve no centro da batalha jurídica travada entre seus pais, Connie e Chris, que queriam tentar um tratamento experimental nos Estados Unidos, e o hospital Great Ormond Street, de Londres, do qual um grupo de médicos solicitou que a justiça britânica lhes permitisse desligar o suporte vital de Charlie para fazê-lo morrer. Embora a família do bebê tenha obtido suficientes donativos para bancar o tratamento nos Estados Unidos, a “justiça” britânica ordenou, em abril de 2017, que o suporte vital fosse desligado em nome “dos melhores interesses” de Charlie.




Leia também:
Caso do bebê Charlie: as duas questões que precisam ser esclarecidas

No ano seguinte, uma batalha jurídica muito semelhante foi protagonizada por outro bebê inglês e seus pais decididos a lutar por sua vida: Alfie Evans. Até o Vaticano se prontificou a oferecer tratamento gratuito a Alfie no hospital pediátrico Bambino Gesù. Apesar da imensa mobilização mundial em defesa do direito de Alfie à vida, ele também foi assassinado por determinação da “justiça”, hipocritamente escorada na absurda justificativa de que a desconexão do suporte vital considerava “o melhor interesse” da vítima.


Alfie e Santa Gianna Beretta Molla

Leia também:
Santa Gianna, que morreste para não abortar: recebe Alfie na vida eterna!

Charlie, inspiração para uma família italiana

Giuseppe e Elena moram em Roma e são pais de Chiara, Paolo e Davide. O site Il Timone relatou como o caçula da família nasceu graças à inspiração que Charlie exerceu sobre seus pais.

Elena e Giuseppe assistiram juntos a um vídeo em que os pais do bebê inglês denunciavam ao mundo a postura dos médicos do Great Osmond Street Hospital que não lhes permitiam transferir o filho para um tratamento experimental no exterior porque julgavam mais adequado deixá-lo morrer – ou fazê-lo morrer, dado que desligariam os aparelhos que o ajudavam a respirar.

Conta Giuseppe:

“Quando a minha esposa me mostrou o vídeo de Connie e Chris, foi um ponto sem volta para nós. Estávamos passando por uma fase específica: a gravidez do nosso segundo filho tinha sido difícil e existia a chance de que ele nascesse com alguma deficiência grave. A vida dele não estava em discussão: nós o acolheríamos do jeito que ele viesse. Quando ele nasceu saudável, foi um grande alívio, como se uma grande cruz tivesse sido tirada de nós. A última coisa que pensávamos na época era em outra gravidez, com todos os riscos envolvidos. Além disso, tínhamos os problemas do dia-a-dia: noites sem dormir, a minha esposa tinha acabado de voltar ao trabalho, o financiamento para pagar, a escola das crianças, não tínhamos ajuda… Enfim, tudo aquilo, junto, nos fazia dizer não à abertura para a vida, mesmo que sofrêssemos por causa disso”.

Foi quando Charlie os inspirou a repensar.

“O Charlie foi um ponto de verdade para nós, como se pudéssemos ver com os nossos olhos o que poderia ter acontecido com o Paolo. O Charlie nos fez entender na prática a grandeza da dignidade da criança doente, a sacralidade da vida nas suas formas mais frágeis, a luminosidade do abandono total”.

O casal italiano rezou muito em favor da vida de Charlie. A morte do bebê inglês os tocou profundamente.

“Um dia, a Elena me disse que se sentia diferente por dentro, que tínhamos que fazer alguma coisa e que a única maneira de responder à cultura diabólica da morte era nos abrir à vida. Foi comovente reconhecer que eu sentia a mesma coisa. Pouco tempo depois, nós concebemos o Davide. Se o Charlie não tivesse existido, o nosso caçula provavelmente não teria nascido”.
Tags:
Cultura do descarteFamíliaVida
Apoiar a Aleteia

Se você está lendo este artigo, é exatamente graças a sua generosidade e a de muitas outras pessoas como você, que tornam possível o projeto de evangelização da Aleteia. Aqui estão alguns números:

  • 20 milhões de usuários no mundo leem a Aleteia.org todos os meses.
  • Aleteia é publicada diariamente em sete idiomas: inglês, francês,  italiano, espanhol, português, polonês e esloveno
  • Todo mês, nossos leitores acessam mais de 50 milhões de páginas na Aleteia.
  • 4 milhões de pessoas seguem a Aleteia nas redes sociais.
  • A cada mês, nós publicamos 2.450 artigos e cerca de 40 vídeos.
  • Todo esse trabalho é realizado por 60 pessoas que trabalham em tempo integral, além de aproximadamente 400 outros colaboradores (articulistas, jornalistas, tradutores, fotógrafos…).

Como você pode imaginar, por trás desses números há um grande esforço. Precisamos do seu apoio para que possamos continuar oferecendo este serviço de evangelização a todos, independentemente de onde eles moram ou do quanto possam pagar.

Apoie Aleteia a partir de apenas $ 1 - leva apenas um minuto. Obrigado!

PT300x250.gif
Oração do dia
Festividade do dia





Envie suas intenções de oração à nossa rede de mosteiros


Top 10
Ver mais
Boletim
Receba Aleteia todo dia