Por que o fato de homens e mulheres atraentes e bonitos se tornarem padres ou freiras ainda motiva a perplexidade de tantas pessoas?
“Que desperdício!”
Esta é uma expressão bastante comum, utilizada em situações diversas. Mas uma delas chama a nossa atenção nesta reflexão. Por que o fato de homens e mulheres atraentes e bonitos se tornarem padres ou freiras ainda motiva a perplexidade de tantas pessoas?
A expressão, dita por pessoas de outras religiões, poderia até passar despercebida, mas por católicos chega a ser uma contradição.
Se acreditamos e temos Deus como centro de nossas vidas, o que mais valeria na vida do que viver totalmente para Ele? Então, já não soaria tão estranho que esses homens e mulheres, que se destacam por sua beleza, encontrassem numa consagração a Deus a sua escolha de vida, não é verdade?
O padre dominicano Terry-Dominique Humbrecht, no livro “Carta aos jovens sobre as vocações”, traz uma palavra esclarecedora sobre o assunto:
“Considera-se que há desperdício quando uma moça ou rapaz apresentam tantos encantos físicos, que Deus é indigno deles. Aqui encontramos um combate do sexo contra Deus. Isso é tão importante que as pessoas estão dispostas a conceder a Deus uma jovem considerada feia ou um rapaz pobre, mas não uma pessoa bafejada [favorecida] pela beleza ou pela fortuna!”.
Qual seria, então, a razão de uma consagração a Deus ser uma infelicidade na vida de alguém ou para sua família?
Para essa pergunta, padre Humbrecht tem uma resposta bem direta:
“Esse dom é uma graça, sendo também a ocasião de conferir um pouco mais de profundidade à vida. Há tantas famílias que, ao experimentá-lo, encontram uma alegria sem igual, ao passo que outras, que apostaram em demasiados valores terrenos, tranquilizam a consciência, mas mergulham numa vida monótona e cinzenta! Dar a Deus um lugar suficiente é, muitas vezes, uma forma de Lhe recusar o primeiro lugar”, pontua.
Fica como reflexão final: Qual o lugar real em que estamos colocando Deus em nossa vida?
(Via A12.com)