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O que aconteceu na Argentina? Entenda a semana

CAMINO DE SANTIAGO

Asociacion Amigos Del Camino De Santiago Argentina

Agências de Notícias - publicado em 18/08/19

O liberal Macri teve uma derrota esmagadora ao obter apenas 32% dos votos contra o peronista de centro esquerda, Alberto Fernández

A Argentina viveu uma semana tumultuada, após as eleições primárias que puseram em xeque o governo de Mauricio Macri e geraram ansiedade nos mercados.

A seguir, cinco perguntas diante de um cenário de incerteza política e econômica:

– Por que as eleições primárias afetaram a economia? –

A Argentina realizou eleições primárias, no dia 11 de agosto, com indicações previamente definidas e sem competição interna. As eleições se tornaram uma pesquisa em escala real, e o golpe sofrido pelo presidente abalou a economia em recessão desde 2018.

O liberal Macri teve uma derrota esmagadora ao obter apenas 32% dos votos contra o peronista de centro esquerda, Alberto Fernández.

Esse resultado fez o peso despencar e causou uma queda de 31,44% no mercado de ações de Buenos Aires, nos últimos cinco dias.

– Como a perda de valor do peso impactou a dívida? –

A dívida pública da Argentina ficou mais pesada com a perda de valor da moeda. Segundo os últimos dados oficiais, a dívida pública equivale a 88,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

“Isso ocorre, porque cerca de 80% da dívida do setor público é denominada em dólares, ou em outras moedas, enquanto as receitas do governo e o PIB estão em pesos”, disse Carlos de Sousa, da Oxford Economics, à AFP.

O economista acrescentou que “um peso mais fraco implica um endividamento mais pesado e diminui a capacidade da Argentina de pagar suas dívidas”.

– Por que pode haver um novo “default” da Argentina? –

O mercado está menos disposto a emprestar para a Argentina, trazendo de volta o fantasma do calote de 2002, que isolou o país dos mercados globais.

“Já que os mercados argentinos continuam sob pressão, é cada vez mais provável um descumprimento da dívida soberana”, opinou Edward Glossop, da Capital Economics.

Carlos de Sousa antecipa uma reestruturação da dívida que seria por definição – segundo ele – uma moratória, no máximo até 2020.

“Mas não esperamos uma inadimplência como em 2002. Deve ser mais um processo ordenado, em que o FMI (Fundo Monetário Internacional) faz uma reavaliação da sustentabilidade da dívida da Argentina”, disse ele.

– O que se espera do FMI? –

O FMI concedeu à Argentina o maior empréstimo de sua história. Foram cerca de 57 bilhões de dólares em 36 meses, cujos vencimentos começam em 2021, em troca de um severo ajuste fiscal para equilibrar as contas públicas.

Até agora, o Fundo desembolsou cerca de 44,1 bilhões de dólares desde que o crédito foi aprovado em junho de 2018.

“Mas, se a incerteza política continuar a confundir os investidores, é provável que o próximo governo renegocie urgentemente com o FMI”, disse Benjamin Gedan, diretor do programa argentino do Wilson Center, um think tank de Washington.

– Quais são os principais indicadores no futuro? –

O CEO da Gear Capital Partners, Jorge Piedrahita, disse à AFP que há variáveis importantes a serem consideradas, como depósitos em pesos e em dólares no sistema bancário local.

“Embora os bancos tenham uma boa posição de liquidez, o sentimento negativo e a fuga de capitais podem forçar medidas drásticas por parte do governo: os controles de capital são o primeiro item da lista”, afirmou.

(AFP)

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