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Sabe qual foi o primeiro pensamento de São Gregório ao ser eleito papa? Fugir!

Gregory the Great

Renata Sedmakova | Shutterstock

Philip Kosloski - publicado em 03/09/19

Ainda bem que ele desistiu da ideia, pois foi considerado um dos papas mais influentes da Igreja

Perto do final do século VI, a Igreja Católica precisava de um “bom pastor”. Muitos bispos e clérigos eram corruptos e a Europa estava dividida após o colapso do Império Romano.

Quando o Papa Pelágio II morreu de peste, o povo de Roma sabia exatamente quem eles queriam como o próximo papa.

Gregório era conhecido por sua simplicidade. Ele era o abade de um mosteiro local. Aos 50 anos, tinha uma vida de contemplação e passava os dias no silêncio de sua cela.

No entanto, esse sonho de vida desabou quando o povo e o clero de Roma bateram à sua porta. Eles lhe contaram sobre o plano de elegê-lo como papa. Gregório imediatamente recusou. Ele até escreveu ao imperador, dizendo que não seria  o próximo papa.

Há até uma história que ilustra seu desejo de fugir de Roma para não desempenhar o cargo máximo da Igreja:

“Gregório tentou fugir de Roma, mas não conseguiu, porque o observavam dia e noite nos portões da cidade. Por fim, mudou de roupa e convenceu alguns comerciantes a escondê-lo em um barril de vinho e tirá-lo da cidade em uma carroça. Quando chegaram a uma floresta, ele se escondeu nas cavernas por três dias. Uma busca incansável por ele estava em andamento, e uma coluna brilhante de luz brilhou do céu e apareceu sobre o local onde ele se escondera: um certo eremita viu anjos descendo e subindo nesse raio. É claro que isso levou os perseguidores a Gregório, e eles o levaram de volta a Roma e o consagraram como Sumo Pontífice.”

Essa história ilustra o profundo desejo de Gregório de não se tornar papa. No entanto, ele finalmente aceitou a ideia.

Gregório se tornou um dos papas mais influentes de toda a história e até escreveu um “manual” para os bispos, detalhando como eles deveriam praticar o que pregavam. Ele foi um grande amigo dos pobres e instruiu seu clero a fazer o possível para ajudá-los.

Sua vida continua sendo um exemplo perfeito de um bispo com o coração de  pastor, que exorta suas ovelhas a não olhar para ele, mas para o verdadeiro pastor que guia o rebanho.

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