Resultados sugerem que adolescentes com menos estrutura familiar e escolar experimentam ainda mais benefícios ao praticarem a religiosidadeO estudo Religion and Depression in Adolescence (Religião e Depressão entre os Adolescentes), dos pesquisadoras Jane Cooley Fruehwirth (Universidade da Carolina do Norte), Sriya Iyer (Universidade de Cambridge) e Anwen Zhang (London School of Economics and Political Science), afirma que a religiosidade pode reduzir em cerca de 11% a incidência da depressão nessa faixa etária.
Publicado em 2017, o estudo observa a relação entre fé e saúde mental e analisa como a fé pode ajudar a lidar com a depressão num grupo em que ela tem aumentado preocupantemente: só nos Estados Unidos, 13% dos adolescentes declararam ter tido algum episódio de depressão grave nos 12 meses anteriores.
Para sustentar a tese de que a religiosidade está associada a uma melhora da saúde mental, os pesquisadores mensuraram a prática religiosa com dados como a frequência de oração e participação em cultos e a importância atribuída pelos adolescentes à religião. Em seguida, eles estudaram até que ponto a saúde mental dos adolescentes tinha relação com a regularidade da frequência à igreja.
Os dados analisados vieram de uma pesquisa nacional longitudinal sobre saúde de adolescentes e adultos, com detalhadas perguntas sobre religiosidade e depressão. O estudo concluiu que, entre os adolescentes, um forte crescimento na religiosidade leva a uma queda de 11% nos riscos de depressão, bem como a uma notável diminuição de fatores estressantes. O estudo também sugere que os adolescentes com menos estrutura familiar e escolar experimentam ainda mais benefícios ao praticarem a religiosidade.
Jane Cooley destaca:
“O mais surpreendente foi que estes efeitos foram mais fortes, quase dois terços maiores, nos indivíduos que apresentavam os sintomas mais severos de depressão”.
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