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México: 27 sacerdotes assassinados de 2012 a 2019

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Suriel Ramzal

Fundação AIS - publicado em 15/09/19

Igreja pede justiça às autoridades após assassinato de mais um padre

A Igreja Católica mexicana pede às autoridades para fazerem justiça no caso do padre José Martin Guzmán, esfaqueado até à morte na madrugada de sexta-feira, dia 23 de Agosto.

Afirmando-se em “profunda comunhão” com o bispo a que pertencia o padre Guzmán, a Conferência Episcopal mexicana pediu entretanto às autoridades para investigarem este caso para que os responsáveis sejam descobertos e respondam pelo crime.

Este é o primeiro caso de um padre assassinado no México no corrente ano, mas já houve outros incidentes violentos envolvendo figuras da Igreja. O Centro Católico Multimédia, que faz um registo das agressões e assassinatos contra sacerdotes no México, lembrou que o crime de que foi vítima o padre Martin Guzmán junta-se “à longa lista de religiosos assassinados nos últimos anos”.

“Com a morte de Padre José Martín, são 27 sacerdotes assassinados de 2012 a 2019. No entanto – explica o Centro Multimédia – este ano já foram registados vários incidentes contra sacerdotes e religiosos, como o caso de um sacerdote baleado em Cuernavaca Morelos e ameaças de morte a vários padres em diversas áreas de Veracruz”.

Exemplo disso, no passado mês de Abril, a Fundação AIS dava conta de que o padre Ambrosio Arellano Espinoza, de 78 anos de idade, tinha sido torturado em consequência de um assalto ficando com queimaduras de segundo grau nas mãos e nos pés.

Segundo a Agência Católica de Informações, que deu a notícia, o ataque contra o padre Espinoza era revelador de um quadro de grave violência contra a Igreja no México nos tempos mais recentes. Citando o padre Omar Sotelo, director do Centro Católico Multimédia do México, a agência de notícias dizia que “a violência continua imparável em diferentes regiões do país” e que “as taxas de criminalidade pioraram”.

De facto, só nos dois primeiros meses de 2019, houve 5.649 homicídios no México, o que significa um aumento de quase 14 por cento face ao mesmo período do ano passado. A violência no México transformou-se num padrão comum com 15 das suas cidades a integrarem o ‘ranking’ terrível das 50 cidades mais violentas do mundo no ano passado.

A Igreja não tem escapado a esta onda de violência, sendo que, diz o responsável do Centro Multimédia, são cada vez mais comuns os actos de tortura contra sacerdotes. “Qualquer acto violento é difícil de entender e é horrível, mas aqui agride-se um sacerdote, apenas por ser sacerdote. Quando sabem que é sacerdote, torturam”, acrescentou este responsável.

Para o director do Centro Católico Multimédia, a violência no México “quebrou todos os limites, todas as fronteiras, todos os status. A mensagem é clara, se um padre é assassinado ou torturado, então podemos assassinar e matar qualquer pessoa, a qualquer hora e não acontece nada, ninguém será preso ou investigado”.

De facto, o México é o país mais perigoso da América Latina para os sacerdotes. Segundo dados referentes ao período compreendido entre 1990 e 2017, foi assassinado neste país um cardeal – D. Juan Jesús Posadas Ocampo, arcebispo de Guadalajara – 47 sacerdotes, um diácono, quatro religiosos, nove leigos ao serviço da igreja e um jornalista católico.

(Departamento de Informação da Fundação AIS)

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