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São José de Cupertino falava que ia para o inferno, mas até as crianças diziam o contrário

JOSEPH OF CUPERTINO

Wellcome Images CC

Philip Kosloski - publicado em 18/09/19

Ele não conseguia esconder sua santidade nem mesmo das crianças mais ingênuas

José de Cupertino foi um franciscano que viveu no século XVII. Ele estava tão perto de Deus que muitas vezes experimentava graças extraordinárias, como a levitação durante a Missa e os aromas celestes que o cercavam onde quer que fosse.

No entanto, ele tentou esconder esses dons espirituais de seus irmãos franciscanos. As pessoas se deslocavam de toda a Itália para visitá-lo, mas São José nunca gostou desta exposição.

Um episódio de sua vida destaca essa humildade. Um dia, ele foi instruído por seu superior a visitar a casa de uma mulher que era membro da Terceira Ordem de São Francisco (hoje conhecida como Ordem Franciscana Secular). Uma biografia de São José de Cupertino, escrita por Angelo Pastrovicchi, detalha a troca de humor que aconteceu a seguir:

“Enquanto estava lá, outro Terciário visitou seu filho, com cerca de três anos de idade. José acariciou a criança, colocou-a em uma cadeira e disse: ‘Pequeno, repita comigo: ‘O irmão José é um grande pecador e, quando morrer, ele irá para o inferno.”Mas a criança, dificilmente capaz de falar de maneira distinta e incapaz de entender o significado das palavras, respondeu clara e distintamente: ‘O irmão José é um grande santo e, quando morrer, ele irá para o Paraíso’.O santo retrucou com uma aparente raiva: ‘Você não vai falar como eu lhe pedi? Agora, diga como eu: ‘O irmão José é um grande pecador.”Mas a criança repetiu suas palavras anteriores: ‘O irmão José é um grande santo’.José [então] disse: ‘Você não dirá o que eu pedi?’. E, novamente induziu: ‘O irmão José é um grande pecador e, quando morrer, ele irá para o inferno.’ Mas a criança repetiu uma terceira vez: ‘Irmão José é um grande santo e, quando morrer, ele irá para o Paraíso.’Os presentes foram tocados às lágrimas e convencidos de que Deus desejava, pela boca de uma criança inocente, recompensar e exaltar José por causa de sua humildade.”

Embora São José de Cupertino não se considerasse um santo, os outros podiam ver claramente suas virtudes através de suas tentativas de desviar a atenção das pessoas. Eles sabiam que ele era um santo e sua santidade não podia ser mantida sob uma cesta de alqueire. Sua santidade era uma inspiração e até a criança ingênua podia vê-la.

Essa troca também nos lembra de nunca pensarmos muito em nós mesmos, para não ficarmos cheios de orgulho espiritual. Embora nem sempre tenhamos que nos voltarmos a São José de Cupertino e pensar que estamos indo para o inferno, devemos reconhecer nossa própria pecaminosidade e nos esforçar constantemente para alcançar a perfeição.




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