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A primavera e o fascínio da criação: astronomia, matemática, música e sublimidade

Classical Concert Chamber Orchestra

Classical Concert Chamber Orchestra / Reprodução Website

Aleteia Brasil - publicado em 24/09/19

A lógica verificável e previsível do cosmo poderia ser mero resultado de puro acaso surgido do nada e por razão nenhuma?

Neste dia 23 de setembro começou oficialmente, no hemisfério sul, a estação de transição entre o inverno e o verão: a primavera, que se estenderá até o dia 22 de dezembro e cuja chegada é marcada pelo fenômeno astronômico do equinócio.

O equinócio acontece duas vezes por ano, dando início à primavera e ao outono. Em ambas as ocasiões, a luz do sol incide da mesma forma sobre os dois hemisférios, o que faz com que, nessas duas datas, os dias e as noites tenham a mesma duração de exatas 12 horas cada. Este, aliás, é o significado da palavra equinócio, derivada do latim “aequus” (igual) e “nox” (noite): “noites iguais”.

Ciência e primavera

A explicação para este fenômeno parte do fato de que, enquanto vai completando a sua órbita de um ano ao redor do sol, o nosso planeta Terra também vai girando em torno do seu próprio eixo, num movimento contínuo que demora 24 horas para completar cada volta. Acontece que o eixo da Terra tem uma inclinação de 23,5 graus em relação ao seu plano de órbita, e é dessa inclinação que derivam as estações do ano. Se o eixo estivesse a 90º ou fosse perpendicular ao plano de órbita da Terra, o nascer e o pôr-do-sol aconteceriam na mesma hora todos os dias e, por conseguinte, não existiriam diferentes estações. Por causa da inclinação do eixo da Terra, o nosso planeta fica mais “inclinado” em direção ao sol durante o verão e mais afastado dele durante o inverno.

Entretanto, nos equinócios, nenhum polo da Terra fica inclinado em relação ao sol, o que leva os raios solares a incidirem sobre a linha do Equador e a iluminarem os dois hemisférios com a mesma intensidade.

Ordem e razão

Essa harmonia testemunhada pela ciência indica a existência de uma ordem inteligível no universo, o que, no mínimo, gera perguntas instigantes sobre até que ponto a lógica verificável e previsível do cosmo poderia ser mero resultado de puro acaso surgido do nada e por razão nenhuma.




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A “Primavera” de Vivaldi

Enquanto se lida com essa questão e suas consequências racionais, pode-se adicionar ao debate um pouco mais de maravilha: o também matemático e igualmente sublime primeiro movimento da “Primavera”, obra-prima de Antonio Vivaldi em sua imortal “As Quatro Estações“, aqui executado pela Classical Concert Chamber Orchestra, dirigida pelo maestro russo Ashot Tigranyan:




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