Apesar do que muitas pessoas pensam, a falta de força de vontade não é um fator-chave
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Na última década, houve um grande aumento de casos de obesidade no mundo desenvolvido. Somente nos EUA, a obesidade atingiu 93,3 milhões de adultos entre 2015 e 2016, de acordo com dados do CDC, um fator que pode levar ao diabetes, tipos de câncer e doenças cardíacas.
Com esses números alarmantes, não surpreende que o governo e os principais órgãos de saúde estejam tentando de tudo para resolver o problema. Recentemente, porém, os psicólogos apresentaram um relatório que pode ter um efeito importante sobre como essa condição deve ser abordada.
A BBC compartilhou as conclusões de um relatório de um grupo eminente de psicólogos. Segundo esses psicólogos, a vergonha do excesso de peso apenas faz a pessoa se sentir pior, impedindo-a de realmente enfrentar o problema. Os psicólogos pediram mudanças simples que poderiam ter um efeito mais positivo sobre aqueles que lutam contra o peso.
Por exemplo, a maneira pela qual a obesidade é comentada pode ter um efeito prejudicial sobre aqueles que sofrem da doença. Em vez de dizerem “pessoa obesa”, esses pesquisadores sugerem dizer “pessoa com obesidade” para ajudar a despersonalizar o problema.
O relatório da British Psychological Society sugere que, embora as pessoas frequentemente culpem a falta de força de vontade ou motivação como principal impedimento ao tratamento da obesidade, o problema é muito maior, decorrente de fatores-chave.
O relatório declara que a genética, o trabalho, a escola e os ambientes sociais desempenham um papel enorme ao levar a excessos e a inatividade.
“As pessoas que vivem em áreas carentes geralmente experimentam altos níveis de estresse, incluindo grandes desafios e trauma na vida, geralmente seus bairros oferecem poucas oportunidades e incentivos para atividades físicas e as opções para acessar alimentos saudáveis e acessíveis são limitadas”, afirma o relatório.
Adicione experiências psicológicas negativas desde a infância, e o resultado é uma pessoa estressada que pode procurar consolo na comida.
O autor do relatório, Dr. Angel Chater, da Universidade de Bedfordshire, no Reino Unido, espera que as informações recolhidas nas descobertas sejam usadas para treinar melhor os profissionais de saúde. Compartilhando o quão difícil é tratar a obesidade, ela acredita que essa abordagem psicológica pode ser mais bem-sucedida.
“Podemos ajudar, não apenas criando maneiras de apoiar as pessoas, mas também aconselhando políticas públicas que ajudarão a criar um ambiente em que as pessoas achem mais fácil não ficar obesas em primeiro lugar”, explica Sarb Bajwa, executivo-chefe da Sociedade Britânica de Psicologia.