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O significado das abelhas e colmeias na arte cristã

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Daniel R. Esparza - publicado em 10/10/19

O simbolismo cristão está cheio de maravilhosas metáforas

“Por causa de seus hábitos diligentes”, lemos no clássico Signs and Symbols in Christian Art, de George Ferguson, “a abelha se tornou símbolo de atividade, diligência, trabalho e boa ordem”.

Além disso, algumas lendas antigas afirmam que as abelhas nunca dormem. Por isso, sua imagem era frequentemente usada “para representar a vigilância e o zelo cristão na aquisição da virtude”, explica Ferguson.

No entanto, nem todas as abelhas que encontramos na arte cristã representam necessariamente essas virtudes. É o caso dos Barberini, por exemplo, uma família italiana italiana nobre que ganhou destaque no século XVII e à qual pertencia o Papa Urbano VIII. Seu brasão papal trazia três abelhas junto às chaves cruzadas de São Pedro. Alguns dos grandes monumentos de Roma, incluindo o Baldacchino, na Basílica de São Pedro, apresentam esse emblema.

Mas as abelhas são uma coisa, e as colmeias são outra. Por que encontramos colmeias na arte cristã?

Parece que Santo Ambrósio é o culpado disso.

Uma lenda afirma que, quando ele era apenas uma criança pequena, um enxame de abelhas pousou no rosto de Ambrósio enquanto ele dormia em seu berço, deixando para trás uma gota de mel.

Seu pai vira isso como um sinal de sua futura eloquência e língua “doce”. De fato, Ambrósio cresceu e se tornou um escritor prolífico e um pregador eloquente.

Mas há um pouco mais do que isso: foi Ambrósio quem comparou a Igreja a uma colmeia: “a colmeia”, lemos no livro de Ferguson, “é similarmente o símbolo de uma comunidade piedosa e unificada”. O cristão, então, é comparado a uma abelha, trabalhando para o bem comum da colmeia à qual ele dedica seu trabalho e vida.

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ArteHistória da Igreja
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