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Por que Roma tem mais de 900 igrejas?

TWIN CHURCHES

Maria Paola Daud-ALETEIA

J-P Mauro - publicado em 14/10/19

Falamos da beleza das numerosas igrejas de Roma, mas por que elas precisam ser tantas?

Roma é conhecida por sua infinidade de belas igrejas. Estima-se que existam mais de 900 igrejas na Cidade Eterna. Mas por que tantas?

A resposta fácil é que Roma é a capital da fé católica. É claro que haveria o maior número de igrejas na cidade ao redor do Vaticano, mas para entender melhor de onde todas essas igrejas vieram, precisamos examinar a história do catolicismo.

O Italy’s Wonders observa que, na Roma pagã, as pessoas que o Império conquistava eram livres para adorar suas divindades segundo suas próprias tradições. No entanto, os cristãos não tiveram essa concessão.

Nos primeiros anos do cristianismo, o Império Romano evitou a religião nascente e tornou ilegal adorar a Cristo. Por mais de 300 anos, as missas cristãs foram celebradas em segredo, para que a congregação não caísse sob a feroz perseguição da Legião Romana. Ao se esconder, os cristãos se reuniam em pequenos grupos.

Em 313, o imperador Constantino anunciou que não seria mais um crime que os cristãos prestassem culto, mas isso não uniu imediatamente todas essas pequenas congregações, que estavam acostumadas a celebrar a missa com suas comunidades. Com o decreto de Constantino, que efetivamente descriminalizou a fé cristã, muitas das casas onde eles adoravam em segredo foram reformadas para se tornarem igrejas.

Em 380, sob o domínio do imperador Teodósio, o cristianismo se tornou a religião oficial de Roma. Isso levou a uma onda de construção de igrejas, pois agora que a família real estava adorando o Deus Cristão, todas as pessoas – cerca de um milhão – precisavam de lugares para também prestar culto.

Com o passar do tempo, mais e mais casas de culto cristão foram construídas para atender às demandas da cidade mais populosa do mundo antigo. Na era medieval, tornou-se uma prática padrão para as famílias ricas construir suas próprias igrejas. Essas igrejas foram construídas em grande escala e exibiam arte esplêndida, mas também houve uma competição entre essas famílias influentes para construir a igreja mais bonita e mais frequentada.

Hoje, existem mais de 900 igrejas em Roma, um número que sobe para quase 1.600 se forem levadas em conta capelas em residências, palácios e conventos particulares. A grande maioria desses edifícios mantém sua função como locais de culto e ainda mais são desfrutados pelos turistas.

Esses edifícios antigos representam um monumento à história duradoura da Igreja Católica, em uma cidade que ainda é cerca de 80% católica.

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