Coisas maravilhosas exigem tempo e espera. Mas…
A gente leva tempo para entender a nossa própria história. O tempo leva a gente, se o nosso sorriso for pouco. A gente leva tempo para erguer uma certeza sólida, e o tempo, como que num sopro, leva tudo embora.
As coisas que não têm jeito o tempo cura, e para as coisas que estão com defeito a gente toma um chá amargo para que tudo se acalme.
Se é tortura, o tempo diz, mas só depois. O tempo nos leva para passear todos os dias e nos mostra sempre um novo cenário. A gente vicia o tempo com um olhar árido, como quem não renova sonhos. O tempo responde as nossas queixas e sempre questiona nossas certezas, e a gente leva tempo para admitir nossas fraquezas.
A gente leva tempo para enxergar o que temos hoje, e o tempo leva da gente nossos suspiros todos quando não acreditamos mais nos amanhãs. Levamos tempo para descansar aquilo que desassossega, para relevar o que incomoda, para reconhecer nossas falhas e para aplaudir de pé a insistência do outro em nós – permanecendo de pé e escorando nossos tantos cansaços.
O tempo leva os nossos prantos, nossos pontos finais, nossa história idealizada e pronta, nossas certezas. Levamos tempo para esquecer um ideal, um plano ou uma porta fechada.
E o tempo… Bem, o tempo, não pode fazer mais nada, a não ser passar. E nós não podemos fazer mais nada, além de sentar à beira do tempo, esperar e aprender a confiar.
Coisas maravilhosas exigem tempo e espera.
Não desista! Uma hora ou outra, enquanto você está sentado(a) à beira do tempo, o sentido aparece e você verá tudo se transformar!
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