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Como não deixar que o sentimento de culpa materno te arraste

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Calah Alexander - publicado em 16/10/19

Às vezes temos que cuidar de nós mesmas, assim como faríamos com um de nossos filhos

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Esta semana, meu filho queria que eu fosse à capela da escola dele. Todas as quartas-feiras, eles têm atividade lá.

“Tem o que na capela hoje?”, perguntei, confusa, enquanto tentava afivelar o cinto do seu irmãozinho no banco do carro. E a confusão das crianças e mochilas venceu a conversa.

“Sinto muito, filho”, eu disse, jogando minha bolsa no banco da frente e girando as chaves na ignição. “Eu não posso ir hoje, mas estarei lá quando for a apresentação”.

O rosto desabou, e eu me senti horrível. Mas eu também sabia que havia alguns obstáculos reais. Eu não teria tempo de tomar banho e não iria à capela de camiseta e despenteada.

Eu também sabia que tinha um trabalho a entregar no início do dia, e precisava cumpri-lo.

Então, mesmo me sentindo culpada, mantive minha decisão firme. Pedi desculpas novamente, dei-lhe um abraço e saímos da garagem para levar todos para a escola.

Um tempo depois, meu telefone recebeu uma notificação. Eu estava me sentindo muito bem, tendo realizado exatamente o que precisava naquela hora e me preparando para seguir em frente. Olhei o celular e vi um vídeo da mãe de uma das colegas de classe do meu filho. Lá estava meu filho, no altar da capela, fazendo a oração por toda a escola.

Era algo importante. Eles não pedem às crianças que façam a oração com muita frequência – é uma honra e transmite um senso de respeito ao aluno. E lá estava meu filho, que tinha me pedido para ir à capela. Enquanto eu estava em casa.

A culpa de mãe me esmagou. Eu assisti ao vídeo repetidamente, me sentindo despedaçada.

Racionalmente, eu sei que não sou uma mãe terrível. Sei que tomei a decisão necessária. Reconheço também que deveria ter desacelerado, escutado com mais atenção e tentado me certificar de que entendia completamente o que meu filho estava tentando explicar.

A tentação de me deixar arrastar para um abismo de culpa, miséria e desespero por ter cometido esse erro era poderosa. Eu poderia ceder ao fracasso.

Ou poderia respirar fundo e olhar para frente. Poderia reconhecer minha tristeza, mas me tratar do jeito que trato meus filhos quando eles se sentem fracassados, e insistir para que eu separe minhas ações da minha autoestima. Eu poderia ser gentil e maternal comigo mesma.

Parece estranho, eu sei, mas na verdade é uma técnica que aprendi em terapia – aplicar as melhores lições que aprendi sobre como ser uma boa mãe para meus filhos e também para mim. Claro que é mil vezes mais difícil ser gentil comigo mesma do que com meus filhos. Mas isso também é necessário.

A culpa de mãe é uma força poderosa em nossas vidas. E nem sempre é uma coisa ruim – às vezes precisamos sentir essa culpa para encontrar uma maneira de mudar e ser melhores. Mas se deixarmos a culpa nos levar ao desespero, não vamos aprender nada.

Portanto, é importante, em momentos de culpa, sermos gentis conosco e nos lembrarmos de que temos tanto valor em bondade e compaixão quanto nossos filhos.

Só podemos mudar se nos dermos a graça de ser humanos, cometer erros e aprender a corrigi-los.

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