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O terrível problema que está afetando a geração do milênio

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Dolors Massot - publicado em 22/10/19

As redes sociais estão falhando em ajudá-los nessa questão fundamental

A tecnologia conectou a todos nós, e a geração do milênio – a geração dos jovens nascidos entre 1981 e 1999 – cresceu com ela.

A tecnologia está permitindo que eles acessem quantidades incríveis de informações a partir da smart TV, computador e telefone.

Eles têm um conteúdo infinito para escolher; eles podem assistir a entretenimento em telas de todos os tamanhos, conversar por vídeo, interagir anonimamente graças a avatares, participar de protestos pela internet, apoiar causas ou criticar políticos… No entanto, eles estão tendo dificuldades para fazer amigos.

Os jovens millennials já atingiram a maioridade legal e podem votar nas eleições locais; os millennials mais velhos estão chegando perto dos 40 anos. Pesquisas sociológicas desse grupo mostram um problema terrível: 22% desses jovens ou jovens adultos não têm um único amigo. Ou seja, dois em cada dez millennials são solitários.

Esse fracasso em nível pessoal e social contrasta com a aparente facilidade de conhecer outras pessoas e se envolver em conversas por meios digitais, mas o fato é que, embora tenham as ferramentas, elas não são usadas para esse fim.

Esse fato preocupante surge de um estudo recentemente realizado pela empresa de pesquisas YouGov, com uma amostra de 1.254 jovens nos Estados Unidos.

O estudo dos millennials produziu as seguintes estatísticas:

  • 22% das pessoas de 23 a 38 anos não têm um único amigo
  • 30% não têm um melhor amigo(a)
  • 25% não têm colegas

A geração do milênio expressa sua solidão – resultante do acúmulo de relacionamentos superficiais e da hiperconectividade combinada ao fracasso na área de crescimento pessoal – e, no entanto, eles dizem que valorizam a amizade.

A maioria diz que essa falta de amigos se deve à timidez. No entanto, também há quem diga que não precisa de amigos: 27% dos entrevistados. Enquanto isso, 26% dizem que não têm hobbies ou interesses que possam facilitar amizades.

A maioria dos amigos é feita no trabalho

Entre os resultados do estudo YouGov, 42% dos americanos relatam ter feito um amigo nos últimos seis meses (incluindo 38% dos millennials) e, na maioria dos casos, isso aconteceu no local de trabalho, não pela internet. Ou seja, o fator que favorece a formação de vínculos com os outros é a presença física e as interações reais, não as virtuais.

A geração do milênio cresceu com o Facebook e o Instagram, a maioria deles teve acesso a estudos de nível universitário (mais do que a geração anterior) e, de acordo com estudos sociológicos, eles são cidadãos preocupados e engajados.

No entanto, parece mais fácil para eles lutar por uma causa compartilhada através de plataformas como Change.org do que formar laços pessoais com pessoas de carne e osso.

Ao confrontar este com outros estudos, podemos ver que essa solidão traz problemas significativos para a saúde mental, como a depressão, e que afeta a formação das famílias.

Não precisamos esperar para reagir aos problemas emergentes do isolamento e da depressão. Não hesitemos em procurar as pessoas que encontramos no trabalho, na igreja ou em qualquer outro lugar do nosso dia a dia. Colegas humanos. Talvez eles não saibam como iniciar o contato ou tenham receio de fazê-lo. Todo ser humano tem algo a oferecer. Não perdemos nada oferecendo o que podemos dar, e podemos apenas ganhar um tesouro: um bom amigo.

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