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Comunistas soviéticos mataram mulher deficiente que organizou grupo de rosário

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Janina Jandulska, via National Catholic Register (Reprodução)

Reportagem local - publicado em 28/10/19

Sua mãe foi avisada de que a filha tinha morrido de infecção hepática. Não demorou, porém, para se descobrir que ela tinha sido alvo de um covarde tiro na cabeça

Em 1937, o regime comunista soviético acusou a católica ucraniana Janina Jandulska de dirigir uma organização política subversiva, apesar das deficiências de que sofria. A única “organização” com que ela estava envolvida, no entanto, era um grupo de oração do rosário, que ela tinha criado aos 30 anos de idade como parte de uma iniciativa chamada Rosário Vivo. Mesmo assim, a absurda acusação de ativismo subversivo lhe acarretou a prisão e a morte.

Janina vivia com a mãe na vila ucraniana de Wierzboviec e, assim como várias outras pessoas do lugar, começou a participar de grupos católicos organizados por leigos para ensinar o catecismo e oferecer apoio espiritual e moral à comunidade, já que os soviéticos, em nome da ideologia comunista ateia, tinham começado a fechar seminários e prender sacerdotes.

Mesmo sabendo dos riscos, Janina recebeu em casa uma das reuniões do Rosário Vivo. Um oficial soviético foi alertado e denunciou o encontro às autoridades comunistas.

De acordo com matéria da ACI Digital, esta é a reconstituição das perguntas feitas pela polícia a Janina em sua casa e das respostas que ela deu:

– Você é encarregada do Rosário? – Sim, sou encarregada do Rosário Vivo. Mas não é uma organização, nós apenas rezamos a Deus. – Quantas pessoas estão aí? – Quinze. – Quinze! E você diz que não é uma organização? Quem recrutou você e quem lhe enviou material impresso?

Janina explicou que o grupo era informal e reiterou que o seu objetivo era rezar a Deus.

– Mas Deus não existe! – Para você, Deus não existe, mas para nós Deus existe. – Quem vai substituir você? – Alguém que acredita em Deus.

Janina foi levada pela polícia e submetida a novos interrogatórios. Pouco tempo depois, sua mãe foi avisada de que a filha tinha morrido de “infecção hepática”. Não demorou muito, porém, para que se descobrisse que ela tinha sido, na realidade, alvejada por um covarde tiro na cabeça. Existe hoje na aldeia de Wierzboviec uma igrejinha católica dentro da qual se destaca uma foto de Janina, mártir da fé que tentava resistir ao ateísmo comunista.


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