Um comportamento muito comum entre os pequenos nesta época do ano Ano passado meu filho virou um grande amigo do Papai Noel. Todas às vezes que cruzávamos com um, em qualquer lugar que fosse, ele queria se aproximar e interagir. Sem rodeios, adorava sentar ao lado dele para fotos e, sempre que via alguma imagem do Bom Velhinho ou de uma árvore de Natal, repetia feliz e incansavelmente: “Bapti! Bapti! Bapti!”.
Pois bem, agora, aos 2 anos e meio, o vocabulário de Tomás já evoluiu tremendamente, e ele é capaz de falar coisas como Papai Noel, Natal, árvore, duende, rena, e também demonstra muita curiosidade sobre o tema.
Porém, o que me deixou alerta em relação à possível reação de medo que ele poderá demonstrar este ano frente ao Papai Noel vem do fato de que, de uns tempos pra cá, ele sempre se mostra aterrorizado quando se depara com coisas como um grande boneco colorido, uma estátua ou, até mesmo, reproduções em tamanho natural de animais de grande porte como bois, cavalos, vacas etc.
E, mesmo que isso esteja inserido num cenário lúdico –como foi o caso da exposição com unicórnios que visitamos recentemente e que lhe deixou apavorado – sua reação é sempre muito visível: ele me abraça e fala: “mamãe, estou com medo!”.
Sendo assim, já me antecipei em buscar uma maneira sobre como conduzir tal situação e, entre minhas leituras, encontrei diversas explicações sobre o medo natural que o Bom Velhinho pode causar nos pequenos. Assim como acontece com os chamativos palhaços, o majestoso porte, a roupa vermelha e a imensa barba branca geram muita informação – e até estranheza – aos olhos da criança.
Por isso, já separei alguns livrinhos sobre Papai Noel – entre eles, um conto de Natal sobre São Nicolau – para as leituras da hora de dormir. Também temos assistidos algumas animações clássicas, como a da Rena do Nariz Vermelho, que mostra o Papai Noel ao lado de animais e duendes.
Junto às histórias, tenho explicado que em breve iremos encontrar o Papai Noel pessoalmente, e que ele poderá conversar com ele. Como Tomás não demonstra muito entusiasmo pela ideia, não insisto no assunto e nem mesmo faço qualquer associação com presentes, pois meu desejo é que ele entenda o espírito de Natal de forma espontânea. Sei que no momento em que ele criar suas próprias conclusões irá me fazer perguntas a respeito – e esse será um momento delicioso.
No próximo final de semana iremos ao shopping e provavelmente o aguardado Noel já estará ocupando seu trono. Nesse momento pretendo sondar a reação de Tomás e tentar aproximá-lo da cena, mas sem pressão.
Depois quero lhe mostrar todos os detalhes da decoração, falar sobre cada ornamento e, como provavelmente haverá coisas como uma casinha, animaizinhos, um trenzinho, quero que sua atenção capte lentamente toda a magia que está época traz.
E se, mesmo assim, ele ainda demonstrar medo ao nos aproximarmos do Papai Noel, eu não irei insistir – aliás, li que existem muitos adultos com fobia de Natal devido a traumas na infância, e que nos Estados Unidos costumam definir esse medo como “Santaphobia”.
Sei que medo faz parte da pureza e inocência da criança então, caso o receio persista, a tradicional foto de Tomás ao lado do Papai Noel que os vovôs adoram receber será facilmente substituída por outros lindos registros que a magia de Natal proporciona. Tenho certeza que todos irão gostar da mesma maneira.
Leia também:
A melhor maneira de contar a seus filhos a verdade sobre Papai Noel