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Como eu aprendi a apreciar minha vocação à maternidade

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Anna O'Neil - publicado em 17/11/19

Eu nem sempre amei a maternidade, mas eis o que descobri que de repente mudou minha perspectiva

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Eu amo ser casada e amo meus filhos, mas nem sempre amei a maternidade.

Quero lhe contar como isso mudou e quando comecei a entender o verdadeiro significado de “vocação”.

Tudo começou quando eu fui mãe pela primeira vez. Estava determinada a abraçar a maternidade corretamente. A colocar meus filhos em primeiro lugar. A me lançar nessa nova vocação incrível. Então fui mãe e tive a sensação: acho que isso não é para mim.

Eu não estava totalmente errada. A maternidade é um chamado nobre e difícil de colocar constantemente as necessidades de seus filhos em primeiro lugar.

O trabalho da maternidade é em grande parte invisível, em grande parte ingrato e totalmente exaustivo. O papel da mãe é de abnegação radical.

Quando meu primeiro filho nasceu, senti um ressentimento ao ver como minha vida estava mudando.

Mas, em vez de me perguntar o que estava perdendo, disse firmemente a mim mesma: “Você é mãe agora – sua vida não tem a ver unicamente com você. Tem a ver com eles agora.”

Eu parei de encontrar tempo para o que costumava ser bom. Meu jardim, minhas poesias, meu amor pela psicologia e sociologia e pelas ciências naturais, até minha vida social. Não que não houvesse tempo para nada, mas me pareceu estranho me concentrar em qualquer parte de mim que não apoiasse minha nova e importantíssima identidade como mãe.

Achei que essa perda do resto da minha identidade era natural e necessária – um sinal de que estava cumprindo bem a maternidade.

E verdadeiramente, Deus pede total sacrifício de nós. Ele nos pede para dar tudo o que temos a serviço do amor. Mas eis o que eu esqueci: o amor não deve nos apagar, deve nos completar. Deveria tornar possível o que São João Paulo II pediu: “Torne-se quem você é”.

Eu me senti diminuída porque estava diminuída. Mas isso não foi porque a maternidade é opressiva, mas porque eu estava entendendo mal o ponto principal de uma vocação.

Embora a maternidade seja um dom para meus filhos, a maternidade é minha vocação, o que significa que também é um dom para mim.

Uma vocação é o papel pelo qual Deus nos chama à santidade e ao Céu. Uma vocação vivida bem deve nos nutrir da mesma forma que um casamento deve nutrir. O casamento não tira a nossa individualidade, ela a apoia e a celebra. A maternidade é a mesma coisa.

Comecei a entender que Deus não me criou com essas forças, interesses e desejos específicos, apenas para desconsiderar totalmente essas partes de mim. O céu é para ser um lugar onde eu serei realmente eu pela primeira vez – então como é que a minha vocação, meu próprio caminho pessoal para o Céu, poderia me transformar em algo menor?

Comecei a pensar na maternidade como um dom e como parte da minha identidade, não como um trabalho que exaustivo engloba todas as outras coisas que me fazem quem eu sou. Isso mudou tudo. Comecei a me descobrir novamente.

Eu me deixei voltar à minha vida. Parei de questionar se meus próprios interesses e talentos eram adequados para uma jovem mãe de bebês e crianças pequenas. Esqueci os estereótipos e me permiti viver uma vida que fazia sentido para mim – e vi que o fruto sempre era paz e alegria.

E, o que vai, volta. Espero que meus filhos cresçam em paz com quem eles são, confiantes de que, seja qual for a vocação a que Deus os convoque, será sempre para uma vida que trabalha com, e não contra, quem eles são em sua totalidade.

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